Não há mais tempo, Jesus está voltando.

Obrigado, por visitar este modesto blog, que está se somando a outros, na pregação das mensagens proféticas para o nosso tempo. Certamente, já é hora de despetarmos do sono, os últimos acontecimento nos mostram isso. Se continuarmos dormindo, pagaremos muito caro por não atendermos aos apelos que Jesus está nos fazendo. Como adventistas do 7° Dia, precisamos sair de nossa mornidão, que infelizmente, está nos afastando de Jesus e impedindo o verdadeiro derramamento da chuva serôdia. Precisamos também, sair de cima do muro, abdicar com urgencia, da justiça própria e aceitar de todo o coração, a justiça de Cristo. Antes de falar para os outros, precisamos deixar de querer ser deus do próprio "EU". Vamos morrer para o eu e deixar somente Jesus reinar no nosso coração? Quando deixarmos de sermos mornos, sairmos da mornidão e morrermos para o "EU", Jesus reinará no nosso coração e então receberemos a porção dobrada do Espírito Santo em toda a Sua plenitude e inspirados por Ele, pregaremos a terceira mensagem angélica e então, outras pessoas unir-se-ão a nós na verdadeira adoração a Deus e conosco, respeitarão a soberania e a autoridade de Deus em todo o universo. Unir-se-ão a nós na guarda de todos os mandamentos de Deus, inclusive o Sábado, por amor a Deus, que intregou, seu Divino Filho para morrer como resgate pelos nossos pecados. Conosco sentirão prazer em ser selados com o carimbo da autoridade de Deus em todo o universo, a verdadeira guarda do Sábado bíblico, como um ato de fé e amor a Jesus por sua morte na cruz e pelo seu ministério sumosacerdotal, em nosso favor no Santuário de Deus que está no Céu. Que Deus esteja no controle do nosso viver diário e que Ele nos dirija na verdadeira adoração a Ele. Amém!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Questão de Paulo ‘Tornar-se Como’ ou ‘Ser Como’



O Mito do Paulo-Livre-da-Lei Permanece
Entre Cristãos e Judeus


(The Myth of the 'Law-Free' Paul Standing
Between Christians and Jews)

[Excerto]


Mark D. Nanos


Rockhurst University

Traduzido por César B. Rien

A Questão de Paulo ‘Tornar-se Como’ ou ‘Ser Como’

Enquanto o consenso esmagador aceita que Paulo era contra guardar as
normas dietéticas judaicas em Antioquia, alguns intérpretes reconhecem que a lógica
do argumento de Paulo em 1ª Coríntios transmite tanto que ele desaprovava o
comer da comida que se sabia ser idolátrica, quanto o fato de que ele próprio não
comia comida idolátrica, por exemplo, quando evangelizando entre os idólatras.48
A
minha própria pesquisa fortalece este segundo caso.49
Os "débeis" ou "prejudicados",
em 1ª Coríntios 8-10, provavelmente não são seguidores de Cristo, mas politeístas
(pagãos), aqueles que ainda praticam ritos idolátricos como uma questão de
princípio. "Eles" são "alguns" que necessitam deste conhecimento do Deus Único,
que até agora estavam acostumados a comer comida idolátrica sem sentir que não é
correto fazer assim (v. 7), diferentemente do público de Paulo, que é o "nós" que
conhecemos o Deus Único e que "tem o conhecimento" que essas estátuas não
representam deuses reais (8:1-6). E por que fariam diferente, se eles não são seguidores
de Cristo, mas idólatras?

48 Peter J. Tomson, Paul and the Jewish Law: Halakha in the Letters of the Apostle to the
Gentiles, CRINT (Assen and Minneapolis: Van Gorcum and Fortress Press, 1990); Peter
David Gooch, Dangerous Food: I Corinthians 8-10 in its Context, SCJ 5 (Waterloo, Ontario:
Wilfrid Laurier University Press, 1993); Alex T. Cheung, Idol Food in Corinth: Jewish Background
and Pauline Legacy, JSNT Sup 176 (Sheffield: Sheffield Academic Press, 1999);
John Fotopoulos, Food Offered to Idols in Roman Corinth: A Social-rhetorical Reconsideration
of 1 Corinthians 8:1-11:1, WUNT 2.151 (Tübingen: Mohr Siebeck, 2003).
49 "Polytheist Identity"; "Paul's Relationship to Torah in Light of His Strategy 'to Become
Everything to Everyone' (1 Corinthians 9:19-23)," Interdisciplinary Academic Seminar: New
Perspectives on Paul and the Jews, Katholieke Universiteit, Leuven, Belgium, September 1415,
2009, estabelece este caso de modo detalhado.



A questão levantada pelos coríntios seguidores de Cristo é se eles podem
comer a comida que era ou tinha sido sacrificada a ídolos. Eles raciocinam que
desde que eles não mais acreditam que esses ídolos representam deuses e
senhores, a comida oferecida a eles não tem nenhuma santidade. Comer comida
relacionada aos ídolos com indiferença teria a vantagem de testemunhar as suas
convicções do Evangelho e, ao mesmo tempo, não causaria ofensa aos seus vizinhos
politeístas. A retirada de todos os contextos onde era servida e de onde era
comprada no mercado, em contraste, seria parecida com um suicídio social, como
se residissem à parte do mundo. Como eles deveriam viver quando praticamente
cada compromisso social e a maior parte da comida disponível para refeições implicavam
alguma associação com a idolatria da sua família, vizinhos e companheiros
de trabalho politeístas, e com a vida cívica em geral?

Contudo, Paulo vê as coisas de um ponto de vista judaico fundamentado
na Torá, e evita a lógica do apelo deles para comer a comida idolátrica. O seu
raciocínio provavelmente os surpreendeu, já que os israelitas sustentavam há muito
tempo que os ídolos eram meramente estátuas, que não deviam ser construídas.
Aqueles que adoravam os deuses através dos "ídolos" eram considerados como
sendo mal-guiados, no mínimo. Mas ele não segue a idéia de que se pode participar
com indiferença em ritos idolátricos ou até comer a comida que tinha sido usada em
qualquer desses ritos, inclusive quando mais tarde estava disponível no mercado.
Melhor, ela deve ser evitada como se estivesse infectada com poderes que
procuram rivalizar com Deus e prejudicar Seu povo.50
Portanto, Paulo sustenta que
antes que testemunhar aos seus vizinhos politeístas, comer dessa comida idolátrica
pode servir de escândalo para eles, levando-os a continuar na idolatria sob a
impressão de que a fé em Cristo sanciona tal comportamento. Eles permanecerão
ignorantes sobre a proposição do Deus Único, que está no coração da confissão
deste subgrupo judaico, a comunidade da fé em Cristo.

50 Paradoxalmente, a Escritura não banaliza os ídolos como deuses sem sentido e
proscritos como demoníacos e perigosos para os que estão em Aliança com o Deus Único
(e.g., compare Deu. 32:21 com vv. 16-17; Isa. 8:19 e 19:3 com os capítulos 40 e 44; cf. Wis
13—16; ver também Sal. 106:36-39; 1 Enoque 19; Jubileus 11.4-6); outros deuses, e
senhores são implicitamente reconhecidos a existir, apesar de serem menores do que oDeus de Israel, e eles não devem ser honrados pelos israelitas (Êxo. 15:11; 20:2-6; 22:28;
Deu. 4:19; 29:26; 32:8-9; Sal. 82:1; Miquéias 4:5; Tiago 2:19); imagens de outros deusesdevem ser destruídas na terra de Israel (Êxo. 23:24; Deu. 7:5). Ver Tomson, Paul, 151-77,
208-20; Cheung, Idol Food, 39-81, 152-64, 300-1.



Mas, por quê Paulo não dá uma resposta direta e diz que a Torá ensina
que o "conhecimento" sobre Cristo é não comer alimentos idólatras? Porque o seu
público-alvo não é composto por judeus, assim, eles não estão sob a Torá, nos
mesmos termos que os israelitas. O entendimento de Paulo sobre a lógica da
verdade é que Deus é Um e é o Deus Único de Israel, e que o Evangelho o
constrange a tal ponto. Assim, ele inicia 1ª Coríntios 8 com os primeiros princípios.
Ele concorda com os seguidores de Cristo que "sabem" que não existe tal coisa
como os deuses e senhores que essas estátuas representam (v. 4). No entanto, ele
acrescenta, como parte de seu apelo lógico para o Shemá -a proclamação para
Israel, e para os gentios crentes em Cristo também -que há coisas como outros
deuses e senhores, a quem ele vai identificar como demônios (v. 5; 10:20-21).
Então, ele escreve no equilíbrio do capítulo 8, que, porque alguns não têm esse
conhecimento, sendo "fracos/prejudicados", o "conhecedor" deve abster-se de comportar-
se como se todas as coisas relacionadas aos ídolos fossem consideradas
profanas. Fazer isso irá prejudicar os "fracos" politeístas, pois pensam que essas
coisas são sagradas para os deuses e senhores aos quais são dedicados. Esse
comportamento não enviaria a mensagem para esses "prejudicados", ainda não-
crentes em Cristo "irmãos pelos quais Cristo morreu" (8:11-12, cf. Rom. 5:6-10), que
eles, juntamente com os seguidores de Cristo e todos os israelitas, se abstenham de
tal comportamento e voltem para o Deus Único e sem igual.51


Após uma digressão no capítulo 9, para explicar o próprio auto-sacrifício
no modo de viver, inclusive como ele adapta sua retórica a cada grupo que procura
ganhar, Paulo move o argumento contra o comer alimentos oferecidos aos ídolos até
a etapa seguinte no capítulo 10. Evitando até certo ponto o apelo direto às injunções
da Torá, ele invoca exemplos da Torá para deixar claro que aquele que come à me


51 Cf. Nanos, "Polytheist Identity," para uma discussão aprofundada da lógica para a
compreensão dos “irmãos” asthenes ( "fracos/prejudicados") como os idólatras não-crentes
em Cristo, e da preocupação da carta em ganhá-los para Cristo. Note que os pais da Igreja
continuaram agindo conforme esse entendimento da construção de estranhos como
parentes. Inácio (final do 1º, início do 2º séc.) convida seus destinatários a orar por pessoas
de fora da igreja, e de se comportarem como "irmãos/irmãs [adelphoi]" para eles, tal como
expresso através da imitação como Cristo viveu humildemente com o seu próximo, incluindo
a escolha de ser injustiçado, apesar do erro deles (Eph. 10; cf. Mart. Pol. 1.2). E embora
Crisóstomo (final do 4º séc.) entendesse o prejudicado em 1ª Cor. 8—10 sendo os
seguidores de Cristo, ele sustentava que os cristãos da base socioeconômica no seu próprio
público deveriam considerar como irmão o colega de classe social mais do que o da elite ou
rico (Cor. 117 [Homily XX]). Para exemplos não-cristãos da preocupação com os de fora do
próprio grupo filosófico, ver Epictetus, Diatr. 1.9.4-6; 1.13.4, sobre os Cínicos em particular,
Diatr. 3. 22.81-82; Marcus Aurelius, 2.1; 7.22; 9.22-23.



sa do Senhor não pode também comer à mesa de outros deuses, assim chamados
demônios. Em outras palavras, ele admite que há poderes associados aos ídolos,
minando a concessão teórica com a qual ele iniciou este argumento que,
aparentemente, compartilhava a premissa dos gentios crentes em Cristo de que não
havia nenhuma coisa tal como outros deuses e senhores. Assim, apesar do fato de
Deus ter feito todas as coisas para serem comidas com a oração de santificação,
nem todas as coisas podem ser comidas. A pureza não é inerente à comida, mas
imputada pelo mandamento de Deus. Qualquer comida que se sabe ser comida
idolátrica, se disponível no mercado, ou oferecida na casa de um anfitrião, não pode
ser consumi-da. Os crentes em Cristo, como os israelitas bíblicos, devem abandonar
a idolatria, tanto por sua própria causa como por causa dos seus vizinhos
politeístas, seus irmãos e irmãs na Criação, aos quais Deus em Cristo procura remir
através deles.

Paulo não permitiu o comer alimentos sabidamente idolátricos, e não há
nenhuma indicação de que ele próprio alguma vez os comeu. As provas mostram o
contrário. Além disso, o ensino da igreja primitiva por séculos consistiu em que os
cristãos não deviam consumir a comida idolátrica, em parte, baseado na sua leitura
deste texto.52
O argumento de Paulo, inclusive aquele contido em 1ª Cor. 9:19-22,
confirma que o seu público sabia que ele era não só alguém que não comeria tal
comida, mas também alguém que esperava que eles agissem da mesma forma. Assim,
embora eles soubessem que ele era praticante da Torá, quando havia estado
entre eles em Corinto, a sua questão é um protesto pelo custo a sua vida cívica
causado por Paulo negar esta comida para eles como gentios. Eles sabiam que
pelos termos definidos na própria proclamação de Paulo da verdade do Evangelho,
ele entendia que eles permaneciam não-judeus e não estavam sujeitos à Torá.

Em Gál. 9:19-22, Paulo declara que para ganhar os judeus ele "se tornou
como um judeu," para ganhar os "debaixo de nomos" (lei/Aliança/Torá?) ele "tornou-

52 Acts 15:20, 29; 21:25; Rev 2:14, 19-20; Didache 6.3; Ignatius, Magn. 8—10; Pliny, Letters
10.96; Aristides, Apology 15.4; 12; Justin, Dial. 34.8; 35.1-2; Tertullian, Apol. 9.13-14; Cor.
10.4-7; 11.3; Spect. 13.2-4; Jejun. 2.4; 15.5; Mon. 5.3; Clement, Strom. 4.15.97.3; Tomson,
Paul, 177-86; Gooch, Dangerous Food, 122-27, 131-33; Cheung, Idol Food, 165-295; David
Moshe Freidenreich, "Foreign Food: A Comparatively-enriched Analysis of Jewish, Christian,
and Islamic Law" (PhD Thesis: Columbia University, 2006), 123-41. Barnabas 10.9, pode
sugerir um primeiro grupo que comia qualquer coisa, mas não é específico sobre a comida
idolátrica; e ver Tertuliano, Apol. 42.1-5.



se como alguém debaixo de nomos," mas também para ganhar o sem-lei ele "se tor
nou como um sem-lei" (anomos), e para ganhar o "fraco" ele "tornou-se fraco", que
são entendidos como inseguros na sua liberdade em Cristo, e então evitam comer a
comida idolátrica.53
Esta afirmação tem sido universalmente compreeendida como
significando que Paulo considera a observância da Torá, inclusive o valor da própria
identidade judaica, como sendo só uma questão de conveniência evangélica. Aquela
interpretação, que com objetivos analíticos pode ser chamada "a adaptabilidade do
estilo de vida," depende da compreensão da motivação para "tornei-me como"
(egenomen hos) os membros de cada um dos vários grupos, para significar a
motivação para "eu imitar a conduta" de cada um deles.

Na visão de consenso, Paulo não compartilha com os vários grupos as
verdades da proposição, mas ele simplesmente copia certos aspectos do seu
comportamento, presumivelmente, para ganhar uma audiência entre eles fazendo-os
(erradamente) supor que ele poderia compartilhar de fato as suas convicções. Isto
aplica-se a tal conduta como comer conforme a Torá, quando com aqueles que
comem haláquicamente, e sem consideração à Torá, quando com aqueles que não
comem segundo as normas dietéticas judaicas. Em outras palavras, Paulo não se
"torna" de fato nem "torna-se como" cada grupo por ele referido, mas, em vez disso,
simplesmente "finge na superfície viver como" eles quando está entre cada um
deles. Então, ele abandona aquela conduta e vive como os outros quando entre
eles. Mas há outro modo de entender o argumento de Paulo, aqui, que evita implicar
que ele é indiferente à Torá como também que ele comprometia sua moralidade
atribuindo-lhe uma estratégia do tipo "troca-isca" [ou vira-casaca*].

Ao invés de sugerir que ele se relaciona com cada pessoa ou grupo imitando
seu estilo de vida, proponho que, ao invés disso, Paulo está se referindo a sua
estratégia retórica para persuadi-los. Seu "tornar-se como" não significa "comportarse
como," mas sim "argumentando como", ou "raciocinando como". Ele emprega
uma estratégia de "adaptabilidade retórica", amplamente acolhida na tradição filosó


53 Não está claro como a referência a esses "sob a lei" difere de "judeus", por exemplo.
Talvez ele se refira a prosélitos ou aos que representam as normas mais rigorosas, como
fariseus, alternativamente, pode referir-se a estar sob as leis ou convenções Romanas ou
outras. Do mesmo modo, não está claro se anomos refere-se a judeus sem-lei (talvez não-
praticantes), bem como para os não-judeus, ou somente para não-judeus, como se ele
tivesse escrito xoris nomos ( "sem-lei"). Veja o meu "Paul's Relationship to Torah" e "Paul
and Judaism."



fica de seu tempo, na qual um orador começa com as premissas daqueles a quem
procura persuadir, tendo ou não, em última análise, a intenção de destruir essas
premissas.54
Era o método de Sócrates, e ainda é empregada como um dos melhores
métodos para ensinar aos alunos. Rotineiramente, Paulo começa com verdades
proposicionais de seu público, seja para compartilhá-los, como faz com os judeus
e aqueles que são cumpridores da Torá, ou não, como nos casos daqueles
que ele chama sem-lei, ou os fracos que se dedicam à idolatria como uma questão
de convicção. Ele não se comporta como eles, mas argumenta de forma a adaptar-
se ao pensamento proposicional de cada grupo, que ele procura persuadir ao
Evangelho.

Assim, também aqui, ele se aproxima do conhecimento em Corinto sobre

o alimento idólatra, parecendo confirmar as premissas com as quais ele discorda, a
fim de levá-los a conclusões diferentes daquelas que eles tinham planejado.
Lucas descreve Paulo pregando aos filósofos, em Atenas, justamente
desta forma (Atos 17:16-34). Paulo começa a partir da premissa deles de que existe
um "Deus desconhecido", a quem dedicaram uma estátua. Paulo não começa
declarando que não existe tal coisa como deuses politeístas, mas baseia-se na
(errada) convicção deles de que este "ídolo" simboliza um deus. Então, ele declara a
identidade daquele Deus como sendo realmente o Deus de Israel. Em seguida, ele
passa a informá-los que este Deus não aprova a construção de estátuas de Si
mesmo, ou de qualquer outro suposto deus ou senhor. Paulo não faz essa crítica
óbvia no início de seu discurso, mas ela torna-se transparente à medida que ele se
move para sua conclusão de que o Deus de Israel é o único Deus Criador de toda a
humanidade. Desta forma, Paulo "tornou-se como" um idólatra para ganhar os
idólatras. Ele não se conduziu idolatricamente nem imitou a conduta idólatra,
pelo contrário, ele permanece como um judeu praticante da Torá enquanto
discute a partir das premissas dos politeístas aos quais procura persuadir.

Minha leitura não só evita a caracterização negativa de Paulo e seus
métodos como intencionalmente enganosos, que compromete de forma questionável

54 W. B. Stanford, The Ulysses Theme: A Study in the Adaptability of a Traditional Hero
(Dallas: Spring Publications, 1992), 90-101.



sua retidão, verdade e justiça, mas também desafia a noção de longa data de que 1ª
Coríntios 8-10 mostra claramente que Paulo é por definição livre-da-Torá. Em vez
disso, demonstro que ele é cumpridor da Torá e que ele constrói seus argumentos
assumindo que seu público está ciente deste fato. Intérpretes subsequentes,
supondo que seus contemporâneos compartilhavam o entendimento posterior que
Paulo fosse livre-da-Torá, não só terminaram por descaracterizá-lo, mas também
perderam a essência de seu ensino.

[Texto extraído das páginas 25 a 30 do estudo mencionado no título inicial. *A
observação entre colchetes foi acrescentada pelo tradutor.]

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