Não há mais tempo, Jesus está voltando.

Obrigado, por visitar este modesto blog, que está se somando a outros, na pregação das mensagens proféticas para o nosso tempo. Certamente, já é hora de despetarmos do sono, os últimos acontecimento nos mostram isso. Se continuarmos dormindo, pagaremos muito caro por não atendermos aos apelos que Jesus está nos fazendo. Como adventistas do 7° Dia, precisamos sair de nossa mornidão, que infelizmente, está nos afastando de Jesus e impedindo o verdadeiro derramamento da chuva serôdia. Precisamos também, sair de cima do muro, abdicar com urgencia, da justiça própria e aceitar de todo o coração, a justiça de Cristo. Antes de falar para os outros, precisamos deixar de querer ser deus do próprio "EU". Vamos morrer para o eu e deixar somente Jesus reinar no nosso coração? Quando deixarmos de sermos mornos, sairmos da mornidão e morrermos para o "EU", Jesus reinará no nosso coração e então receberemos a porção dobrada do Espírito Santo em toda a Sua plenitude e inspirados por Ele, pregaremos a terceira mensagem angélica e então, outras pessoas unir-se-ão a nós na verdadeira adoração a Deus e conosco, respeitarão a soberania e a autoridade de Deus em todo o universo. Unir-se-ão a nós na guarda de todos os mandamentos de Deus, inclusive o Sábado, por amor a Deus, que intregou, seu Divino Filho para morrer como resgate pelos nossos pecados. Conosco sentirão prazer em ser selados com o carimbo da autoridade de Deus em todo o universo, a verdadeira guarda do Sábado bíblico, como um ato de fé e amor a Jesus por sua morte na cruz e pelo seu ministério sumosacerdotal, em nosso favor no Santuário de Deus que está no Céu. Que Deus esteja no controle do nosso viver diário e que Ele nos dirija na verdadeira adoração a Ele. Amém!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Sábado na Bíblia Sagrada!



Todas as coisas no universo foram criadas pelo poder da Palavra de Deus: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo Espírito de Sua boca”. “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. (Salmos 33:6 e 9). Tudo - repetimos - foi feito pelo poder de Sua Palavra, menos o homem, que foi por Ele moldado e teve em seu nariz insuflado o sopro, ou fôlego, ou espírito de vida, isto é, a própria vida, quando o todo completo, perfeito, acabado, foi chamado por Deus de ALMA VIVENTE.
O Deus Todo-Poderoso certamente tinha em Sua mente infinitamente sábia todos os pormenores da criação em vista. Ao invés de dizer: Haja isto! E haja aquilo e mais aquilo, Ele simplesmente poderia haver dito: Haja tudo, conforme a minha vontade! Mas, não! Ele preferiu criar todas as coisas, cada uma na sua ordem, no período de uma semana. Teria Ele uma razão para isto? Certamente!

A cada dia Ele, satisfeito com Sua obra executada por Sua vontade, transmite-nos repetidamente a Sua mensagem: “E viu Deus que era BOM”. Ao fim do sexto dia, entretanto, ao haver concluído toda a obra da criação da vida na terra Ele modificou Seu comentário. Então assim expressa Sua Palavra: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era MUITO BOM: e foi a tarde e manhã o dia sexto” (Gênesis 1:31).

Entretanto ainda faltava algo para que o Senhor desse por concluído o Seu trabalho. E não foi por acaso que Ele assim o fez. Havia uma razão para que ele não tivesse executado toda a Sua obra num único ato, tudo de uma só vez. Eis a explicação límpida, clara, para que Sua estupenda obra ficasse perenemente marcada na memória e no coração de toda a humanidade e para que houvesse um marco, um memorial que comemorasse, semanalmente, por toda a eternidade, a criação e ficasse como lembrança e SINAL de Seu poder criador: “Assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque descansou de toda a Sua obra, que Deus criara e fizera”. (Gênesis 2:1-3).

Deus criou o sábado com um propósito definido, como um presente para o homem. Seria ele motivo de adoração, louvor e gratidão ao seu Criador, lembrança do grande feito e um dia de descanso. A sua guarda como memorial da criação divina sempre seria uma bênção e proteção contra as investidas do inimigo maior e de suas humanas instrumentalidades, após a sua queda. Se o homem não tivesse se afastado dos conselhos do Pai Celestial nunca teria havido algo como a teoria da evolução, a geração espontânea e um sem número de teorias com que o homem pretende substituir a glória de Deus como supremo criador do universo e de toda a forma de vida nele existente.

Todos os patriarcas guardaram o sábado da criação. A semana é uma herança do Éden. Toda a forma de contagem do tempo tem uma explicação, como o dia, o mês, o ano e as estações, entre outros. Apenas a semana, observada universalmente por todas as eras e por todas as civilizações não tem uma origem lógica, mas apenas a lógica da criação, segundo a Bíblia Sagrada.

Após o pecado, a degradação, a degeneração da espécie e sua destruição pelo dilúvio houve um novo começo com Noé e seus descendentes. Poucas gerações após o dilúvio e a rebelião voltou a manifestar-se, até a grande separação provocada pela mistura das línguas. A promessa de Deus ao primeiro casal feita após o pecado foi repetida a Abraão, a Isaque e a Jacó.

Durante séculos a nação formada pela descendência desses patriarcas, foi mantida na mais vil, abjeta e cruel escravidão no Egito, subjugada pelas tradições, cultura e religião de seus opressores. Mas a promessa do Senhor persistiu e atravessou os séculos, de geração em geração. O fato é que o jugo imposto a toda a multidão dos hebreus não lhes permitia exercer livremente sua religião, cultuar o Seu Deus e observar o que Ele lhes havia prescrito.

Não tinham liberdade de guardar o dia santificado pelo Criador. O jugo lhes era por demais pesado. Não lhes era dado descanso e não fora a intervenção divina, não haveria esperança para esse povo; teria ele sucumbido da sua fé. Por terem durante tanto tempo sido obrigados a trabalhar no dia do Senhor haviam até se esquecido dele.

Afinal, depois de uma seqüência de atos e fatos maravilhosos o povo de Deus foi milagrosamente livrado da sua escravidão, conforme Suas promessas contidas nas Sagradas Escrituras. O reconhecimento da História Universal é concludente, descrevendo em palavras fortes este acontecimento, que não é apenas um fato bíblico, mas, sobretudo um fato histórico. Eis o seu testemunho: “Outras nações tinham os seus deuses, a quem pediam auxílio e proteção, mas o Deus dos Hebreus era o único a fazer promessas a Seu povo. Os judeus foram finalmente libertados da escravidão do Egito por Moisés, uma das mais extraordinárias figuras da História” (A História do Homem nos Últimos Dois Milhões de Anos, editado por Seleções do Reader´s Digest, pag. 85).

A grandeza do extraordinário líder foi reconhecida não somente pela História, mas sobretudo pelo Deus Eterno, que o honrou sobremaneira, chamando-o de “o homem mais manso da terra” (Números 12:3).

Existem provas inequívocas na Bíblia de que o sábado era guardado antes do Sinai. E, quando o próprio Deus escreveu, Ele mesmo, com letras de fogo em tábuas de pedra a Sua eterna Lei Moral, assim gravou Ele o quarto mandamento: “LEMBRA-TE do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado DO SENHOR TEU DEUS: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. PORQUE EM SEIS DIAS FEZ O SENHOR OS CÉUS, E A TERRA, O MAR, E TUDO QUE NELES HÁ, E AO SÉTIMO DIA DESCANSOU: portanto ABENÇOOU O SENHOR O DIA DO SÁBADO E O SANTIFICOU” (Êxodo 20:8-11).

O texto sagrado inicia-se com a palavra LEMBRA-TE, porque os séculos de escravidão no Egito fizeram com que dele quase se esquecessem completamente. O Senhor repete, nesse mandamento, as palavras e a razão proferidas no ÉDEN, quando descansando de Sua obra, abençoou e santificou o sétimo dia: “Porque em seis dias FEZ O SENHOR OS CÉUS, E A TERRA, O MAR E TUDO QUE NELES HÁ” (Gênesis 20:11).

Ainda há outra razão para a palavra LEMBRA-TE, mas que é destinada aos cristãos nos dias atuais. Deus conhece o ódio de Satanás por Sua Lei e especialmente pelo Seu sábado, que é um testemunho eterno do Seu poder criador. Antevendo no futuro as tentativas do inimigo em subverter essa Lei Ele mostrou o poder por meio do qual ele atacaria e obteria êxito parcial em seu intento, por meio de Roma, fazendo com que quase todo o cristianismo se esquecesse do sagrado e eterno mandamento. Por esta razão é que está escrito: “E cuidará em mudar os tempos e a Lei” (Daniel 7:25). A palavra CUIDARÁ denota o seu desejo, o seu intento em mudar a Lei e não a sua mudança absoluta, porque o Grande Legislador jamais o permitiria, tendo sempre um povo que manteria viva a chama do Evangelho Eterno e a guarda e o cuidado de Sua santa Lei.

Mesmo na mais acérrima perseguição e mais intensa opressão do período medieval, quando os que eram flagrados guardando o sábado eram condenados à fogueira como “judaizantes”, pela Santa, ou melhor, diabólica Inquisição, Deus tinha as suas fiéis testemunhas na Etiópia, na África, e nas montanhas do Piemonte, entre os Valdenses e Albigenses, dentre outros povos fiéis ao Eterno Evangelho.

No futuro próximo este dia sagrado será restaurado a seu devido lugar. As mensagens angélicas do livro do Apocalipse não deixam dúvidas: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o EVANGELHO ETERNO, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e daí-Lhe glória, pois vinda é a hora do Seu juízo. E ADORAI AQUELE QUE FEZ O CÉU E A TERRA, E O MAR, E AS FONTES DAS ÁGUAS” (Apocalipse 14:6 e 7). E Ele identifica o anjo, ou o mensageiro, ou o povo que daria esta mensagem: “Aqui está a paciência dos santos: AQUI ESTÃO OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E A FÉ EM JESUS” (Apocalipse 14:12).

Note-se a identidade da mensagem Angélica, com o mandamento do sábado e com a mensagem proferida no Éden, em que o Criador reivindica a Sua glória como Criador de todas as coisas, circunstância somente existente no mandamento do sábado do sétimo dia.

O sábado foi guardado pelo verdadeiro povo de Deus, não apenas no Éden, pelos patriarcas e profetas, por Jesus e os apóstolos, mas pela “igreja do deserto”, perseguida pela sanha papal durante 1.260 anos, mas afinal vitoriosa, mesmo com o sangue derramado por milhões de santos do Altíssimo, chamados “hereges” pelo maior de todos os hereges, comandado por Satanás e assentado em seu trono em Roma.

Os não judeus eram chamados estrangeiros ou gentios. O próprio Deus estabelecera privilégios a eles, iguais aos que eram concedidos aos idosos, aos órfãos e às viúvas, porque “Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável todo aquele que, em qualquer nação O teme e obra o que é justo” (Atos 10:34 e 35).

O povo Hebreu deveria ter sido uma luz para o mundo. Entretanto, os privilégios a eles concedidos do conhecimento das verdades de Deus que deveriam transmitir às nações foram por eles esquecidos e pervertidos. Julgando-se superiores erigiram em redor de si um muro de preconceito e de desprezo aos estrangeiros, a quem deveriam beneficiar.


Mas Deus fizera provisão para estes e prometeu explícita e claramente, olhando para o futuro distante, para os dias da restauração das verdades do Evangelho Eterno, uma bênção especial sobre os que participarem desse movimento. Eis o que diz a Sua Palavra: ”Assim diz o SENHOR: Guardai o juízo, e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, para se manifestar. Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao SENHOR, dizendo: Certamente o SENHOR me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR a respeito dos eunucos, que guardam os meus sábados, e escolhem aquilo em que eu me agrado, e abraçam a minha aliança: Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao SENHOR, para o servirem, e para amarem o nome do SENHOR, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração... porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías 56:1-7).


Ao mencionar os filhos dos estrangeiros, Deus Se referia àqueles que no futuro, isto é, hoje, a Ele se uniriam no propósito de reparar as brechas feitas em Sua Lei Eterna, como está escrito: “E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, então te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do SENHOR o disse”. (Isaías 58:12-14).

Guardarão os salvos, o Sábado na Eternidade?



O sábado será guardado no futuro, no reino de Deus, na Terra Renovada? A resposta do Criador é positiva e clara! Ele mesmo afirma, com Suas próprias palavras, de uma maneira que não pode deixar dúvidas: "Porque como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante de minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que todos os meses, à lua nova e todas as semanas, aos sábados, virá toda a humanidade a adorar na Minha presença, diz o Senhor" (Isaías 66:22 e 23).

Quando a vida foi criada neste nosso mundo nenhum ser humano pôde testemunhar a obra da criação. O homem foi criado no sexto dia daquela semana inesquecível. O sábado foi deixado como memorial e lembrança eterna dessa estupenda obra do Criador e o primeiro sábado foi guardado por Adão e Eva pela fé, junto ao Seu Criador, não lhes sendo dada oportunidade de contemplar o memorável feito que lhes trouxera à vida, juntamente com todas as outras criaturas e todas as obras criadas. Somente os anjos e seres de outros mundos tiveram esse privilégio e se rejubilaram com o surgimento de seus conservos no imenso universo de Deus (Jó 38:7). Não será assim, no mundo futuro, na terra renovada, quando estiver completa a obra redentora de Jesus. Toda a humanidade redimida contemplará a nova criação de Deus.

Se o sábado é guardado como memorial da criação, como está expresso na Palavra do Senhor, como será o mesmo sábado guardado no futuro, na eternidade? Se Deus afirma que criará novo céu e nova terra, de qual criação ele será por lembrança? Da primeira, que será destruída, por ocasião da breve volta de Jesus ou da segunda após a destruição de Satanás, do pecado e de todos os pecadores, no lago de fogo que também purificará a terra?

Antes de ser criada, "a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo" (Gênesis 1:2). A Bíblia Sagrada afirma que toda a terra será destruída, por ocasião da volta de Jesus. Ela voltará a ser como no início, antes da criação, sem forma e vazia, sem habitantes, coberta pelas trevas, porque os raios de sol não poderão penetrarna atmosfera, então destruída e mudado o eixo da terra, mudança causada pelas extraordinárias catástrofes que acompanharãoos terríveis acontecimentos que terão lugar nessa solene ocasião.

Assim diz o Senhor: "Eis que o dia do Senhor vem horrendo, com furor e ira ardente, para por a terra em assolação, e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz" (Isaías 13:9 e 10). E qual será a razão dessas trevas? A resposta é a mudança do eixo da terra, como está escrito, na continuação das palavras da profecia: "Pelo que farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa da sua ardente ira" (Verso 13).

O profeta da Revelação descreve o que viu: "E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram" (Apocalipse 21:1). Ele continua, após descrever a santa cidade, a Nova Jerusalém e afirmar que as primeiras coisas são passadas e que Deus limpará de todos os olhos toda a lágrima, abolindo a morte, o pranto, o clamor e a dor: "E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve: porque estas palavras são fiéis e verdadeiras" (Verso 5).

Então, como fez há seis mil anos, Ele repetirá Sua obra, mais bela ainda, à vista de toda a humanidade. Assim, dia após dia, naquela semana no futuro, a pouco mais de mil anos, os remidos extasiados poderão contemplar o poder do Deus Todo-Poderoso na recriação da terra, a Nova Terra, o seu novo lar edênico. E após os seis dias, novamente Ele separará o sétimo dia,, como memorial eterno, por Ele novamente santificado, lembrança maravilhosa que os intérminos séculos da eternidade não poderão apagar. E será para todos um deleite impossível de descrever a adoração semanal a que terão o privilégio supremo de prestar ao Seu amado Pai Celestial.

Nossos primeiros pais, Adão e Eva, guardaram o sábado pela fé, em obediência à ordem do Criador. Não testemunharam a primeira criação. Os remidos, no futuro, guardá-lo-ão num mixto de admiração, louvor e gratidão, por terem testemunhado o Grande Rei em ação, em Sua suprema obra criadora.

A Lei de Deus Foi Abolida?



A Bíblia Sagrada, a Palavra escrita de Deus é, segundo ela mesma, “QUASE” toda inspirada por Seu Autor Divino, o Todo-Poderoso, e inspirada pelo Espírito Santo, que a confiou a homens santos, patriarcas, profetas e apóstolos para a escreverem segundo seus estilos próprios. Ela é um todo indivisível e incontroverso, pois é toda ela provinda de um mesmo Autor, sendo sua própria intérprete, pois nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação (II Pedro 1:20).

Homens mal-intencionados e que fazem da religião e da fé motivo de exploração e comércio, com interesses inconfessáveis, têm mudado a verdade de Deus em mentira, trazendo confusão, incredulidade e perdição para multidões. O próprio Apóstolo Pedro afirmou que muitos torcem as cartas de Paulo, entre as quais há pontos difíceis de entender. Estes, chamados de indoutos e inconstantes torcem igualmente outras partes da Escritura, para sua própria perdição. Ele próprio chama a esses apóstatas e hipócritas de “homens abomináveis” (II Pedro 3:15-17).

A Bíblia Sagrada é composta de 66 livros, 39 referentes ao Antigo Testamento e 27 ao Novo. Ela foi escrita num período aproximado de 1.600 anos, por 40 pessoas, aqueles homens santos de Deus, antes referidos. Ela contém 1.189 capítulos, 31.102 versículos, e dependendo da versão ou do idioma, mais de 773.000 palavras e mais de 3.500.000 letras. Por que estas estatísticas? Para justificar a palavra QUASE, na afirmação da sua origem e da inspiração de Deus, o Seu Autor.

Existe uma pequenina parte que Deus não confiou a homem nenhum. Esta parte Ele não a inspirou pelo Seu Espírito Santo, mas Ele próprio a escreveu, com Seus próprios dedos, em tábuas de pedra, numa clara indicação de sua importância e perpetuidade: O Decálogo, contendo os dez mandamentos de Sua Lei Moral, base e princípio de Seu Trono, resumo de Seu Eterno amor e justiça, contendo a súmula das obrigações do homem para com o Seu Criador e para com os seus semelhantes.

O pecado do homem teve origem no Éden. Isto significa que a Lei dada no Monte de Sinai já existia antes, porque está escrito: “O pecado é a transgressão da Lei” (I João 3:4). Se não existisse a Lei também não poderia haver pecado, que é o que também afirma o Apóstolo Paulo, ao ensinar: “Porque onde não há lei, também não há transgressão” (Romanos 4:15).

Pessoas mal-informadas ou mal-intencionadas ou por desconhecerem o assunto confundem, intencionalmente ou não, a Lei Moral expressa nos dez mandamentos do Decálogo, destinada a todos os homens, com as leis cerimoniais dirigida aos hebreus, ao saírem do cativeiro egípcio, e que representavam todos os passos e lições tipificando o futuro sacrifício do Messias prometido.

Desde Adão muitos destes ensinamentos já eram cumpridos, como a oferta dos sacrifícios de animais perfeitos, representando o perfeito sacrifício futuro do Cordeiro de Deus que viria para tirar os pecados do mundo.

A Lei de Deus é eterna, existia antes do pecado e continuará a existir quando o pecado for erradicado com a destruição de Satanás, seus anjos rebeldes e de todos os ímpios. Existem marcantes diferenças entre a Lei moral e as leis cerimoniais. A primeira foi escrita por Deus em tábuas de pedra, com Seus próprios dedos. As segundas foram dadas por Deus e ditadas a Moisés que as copiou em rolos de papiro.

A Lei Santa, Justa e Boa, Lei da Liberdade, da qual não cairá nem um til, mesmo que passem o céu e a terra, foi colocada DENTRO da arca sagrada da aliança (Êxodo 40:20 e Deuteronômio 10:2), que era modelo da que existe no santuário celestial e que foi vista por João, como está escrito:”E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo” (Apocalipse 11:19) .

A lei de cerimônias servia de aio, ou de tipos, sombra das coisas futuras foi pregada no madeiro quando teve cumprimento com o sacrifício da cruz, quando o véu do templo se rasgou de alto a baixo, quando o tipo encontrou o antítipo e a sombra encontrou o corpo. Esta lei era colocada FORA da arca da aliança (Deuteronômio 31:26).

domingo, 31 de outubro de 2010

Porque Deus disse, Lembra-te?



O que ele poderia fazer?

Inúmeras pesquisas e questionários confirmaram que a forma mais popular do ceticismo moderno é negar a história da criação. Setenta e dois por cento dos ministros entrevistados expressaram diferentes graus de dúvida de que Deus realmente falou e o mundo veio à existência de acordo com o relato bíblico. Esta descrença fundamental levou à rejeição de outras doutrinas fundamentais do cristianismo, como o nascimento virginal e a expiação.

É interessante notar que Deus aparentemente antecipou muita controvérsia sobre o registro da criação e sua alegação de criar toda a impressionante massa da matéria apenas ordenando que ela existisse – bem, certamente que haveriam céticos e descrentes de tais fatos, mesmo aqueles que leram sobre isso e acreditaram que iriam esquecer tão cedo o fato miraculoso sob a influência desconcertante de um milhão de falsos deuses, que poderiam surgir.

Então Deus precisava fazer algo incomum para preservar o conhecimento do seu poderoso ato da criação. Esse poder de chamar o céu e a terra à existência que O diferencia de todos os deuses e suas falsas alegações enganosas. O que Ele poderia fazer que constantemente apontasse à humanidade voltar-se para a semana da criação, quando Ele estabeleceu para sempre a Sua autoridade divina?

Criação – A Marca da Soberania de Deus

Deus escolheu lembrá-los de forma convincente do Seu poder criador, pondo de lado o sétimo dia da semana da criação, como um dia sagrado de descanso e recordação. Isso constituiria uma tremenda salvaguarda da soberania de Deus - uma marca de Seu direito de governar como o único Deus verdadeiro. Isto iria, ao mesmo tempo, se mostrar como um devastador desmascaramento de todos os deuses que não haviam criado os céus e a terra.

Os escritos dos profetas do Antigo Testamento estão saturados com lembretes dos poderes peculiares da criação de Deus. Davi escreveu: “Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o Senhor fez os céus” (Salmo 96:5). Jeremias expressou isso: “Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo…Os deuses que não fizeram os céus e a terra, esses perecerão…Ele fez a terra pelo seu poder” (Jeremias 10:10-12).

Será que o próprio Deus demonstrou uma extrema urgência em manter a verdade da criação viva diante dos olhos do mundo? Sim. A tal ponto que Ele escreveu no coração de Sua grande lei moral à obrigação vinculativa de toda alma vivente de santificar o sábado e, assim, reconhecer a Sua autoridade divina. Dentro desses princípios eternos que constituem o fundamento de Seu governo e refletem o Seu caráter perfeito, Deus escreveu estas palavras: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum…Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há…por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:8-11).

Que ato para destacar o onipotente trabalho da criação! Uma vez por semana, enquanto a Terra gira sobre seu eixo, o lembrete do sábado iria viajar ao redor da terra atingindo cada homem, mulher e criança com a mensagem de uma criação instantânea. Por que Deus disse Lembra-te? Porque esquecer o sábado é esquecer o Criador também.

Conversão - Poder Criativo no Trabalho

Paralelo ao relato de uma criação física, encontramos o registro do poder de Deus para recriar o coração humano. Evidentemente, os dois processos derivam da mesma fonte onipotente.É requerido tanto poder para efetuar a conversão ou recriação quanto chamar alguma coisa à existência na criação. Disse o apóstolo: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24). Desde que o novo nascimento é a mais básica marca de identificação do crente justificado, não é nenhuma maravilha que os escritores da Bíblia constantemente nos lembrem do poder criador que distingue o Deus verdadeiro de todas as falsificações. Apontando para além do mero fato de uma criação física, Deus pronunciou estas palavras, também, “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12).

Por favor note que o sábado foi santificado para ser a marca de um povo santificado. A palavra “santificar”, significa pôr de lado para uso sagrado (um dia que falava do poder criador de Deus), também servia como um lembrete que Deus também pode separar pessoas para um uso santo através da regeneração ou recriação.

À luz desses fatos, é fácil entender por que o diabo tem travado uma contínua e desesperada batalha contra o sábado do sétimo dia. Por quase seis milênios ele tem trabalhado através do orgulho da tradição, desinformação e fanatismo religioso para destruir a santidade do especial sinal da autoridade de Deus – o sábado.

Como uma marca do direito de Deus governar, o sábado desafiou a jactância de Satanás de que tomaria o lugar de Deus. Disse o adversário: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono… e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13-14). Satanás realmente queria ser adorado. Para isso, ele tinha que anular o título de Deus como Soberano. A autoridade de Deus repousava sobre sua alegação de ser o Criador, e o sábado era a marca dessa autoridade. Destruindo o sábado, Satanás queria preparar o caminho para criar um governo de contrafação, baseado em falsas alegações de autoridade, simbolizado por um dia de contrafação de culto.

A Batalha pela Autoridade

É fascinante olhar para trás ao longo dos tempos e ver o desenrolar da grande controvérsia entre Cristo e Satanás. O contexto foi sempre focado sobre a questão da autoridade.

A estratégia do maligno tem sido um ataque em duas frentes sobre a alegação de Deus ser o Criador. Primeiro, pela teoria da evolução com a sua doutrina humanista da seleção natural. Em segundo lugar, por um esforço secular para destruir a observância do sábado do sétimo dia, a marca do Seu poder criativo.
desacreditar a autoridade de Deus produziu um amargo sucesso além de qualquer expectativa. Milhões foram transformados em céticos religiosos e agnósticos, devido a doutrina de Darwin da evolução orgânica.Negando qualquer queda do homem que exigiria um Salvador do pecado, a evolução golpeou o plano da redenção, assim como o fato da criação.

Em uma veia similar, os ataques de Satanás sobre o sábado, levaram milhões a desobedecerem ao único mandamento do Decálogo que Deus havia feito um teste específico de obediência à lei inteira.

Um bom plano de subverter a lealdade de milhões de pessoas que se dedicavam ao verdadeiro Deus exigia uma obra-prima da estratégia satânica. Levaria tempo. Implicaria em séculos de engano. Não haveria volta dramática de servir a Deus servindo a Satanás. O segredo seria o de ganhar a obediência por meio de subterfúgios religiosos. Satanás entendeu o princípio de Romanos 6:16 muito antes de Paulo escrever as palavras “Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis”. A obediência é a maior forma de lealdade e adoração. Se Satanás pudesse criar uma questão que levasse as pessoas a desobedecerem a Deus, ele teria ainda uma chance de ganhar a obediência delas à sua causa. A disputa decisiva teria lugar em relação à lei de Deus. Ela constituia o fundamento do governo de Deus. Como Satanás poderia destruir a confiança na Lei e fazer as pessoas obedecerem a ele ao invés dela? E qual mandamento ele deveria atacar? Obviamente, aquele que apontava para o poder criador de Deus e Seu direito de governar. Como o sinal de identificação do verdadeiro Deus, o sábado tem sido sempre um objeto do ódio satânico.

Deus tinha escolhido o sábado como um teste de lealdade à Sua lei no Antigo Testamento: “Que eu possa prová-los”, disse o Senhor, “se andam em minha lei ou não” (Êxodo 16:4).

O Ponto de Teste, da Lei

Uma vez que Deus havia feito do sábado o ponto de teste de todos os Dez Mandamentos, Satanás determinou a fazer dele o gigantesco problema dos séculos. Ao destruir o sábado, Satanás estaria preparado para lançar seu super plano de reivindicar obediência a um dia de contrafacção de adoração. Manipulando a fraqueza de um cristianismo comprometido que tinha lentamente aderido às influências pagãs, Satanás cria sua obra prima – Uma Igreja-Estado Mundial – que impiedosamente cumpriria seu sistema de contrafacção de adoração.

Por mais de mil anos, começando com a conversão do Imperador pagão Constantino, a história negra da apostasia se desenrolava. Por pouco o primeiro ato do imperador recém-professo cristão era fazer uma lei contra a guarda do sábado e instituir outras leis que exigiam repouso no primeiro dia da semana, um feriado pagão dedicado à adoração do sol.Não vamos nos alongar, neste momento, sobre a história bem documentada dos concílios da igreja papal, que reforçaram a observância do domingo pagão sob pena de morte. Os fatos são bem conhecidos para aqueles que estão dispostos a pesquisar os registros com uma mente aberta. Durante os séculos IV e V, o primeiro dia da semana, foi exaltado por decreto papal para deslocar o verdadeiro sábado da Bíblia.

Infelizmente, os preconceitos e informações falsas, levaram milhares de cristãos a fecharem os olhos à esmagadora evidência histórica desta substituição. As raízes de seus preconceitos não são difíceis de identificar. Satanás tem trabalhado por muito tempo em seu sistema oposição para permitir que o sábado seja facilmente rejeitado. Através dos tempos, ele aperfeiçoou uma série de sutis e falsos argumentos para reforçar a obediência a seu dia de contrafacção de adoração. Ele continua a odiar o sábado que identifica o verdadeiro Deus.

Apenas como nós expusemos estes ataques ao sábado do sétimo dia, somos capazes de compreender por que milhões continuam a observar o primeiro dia da semana, um dia para o qual não há apoio bíblico. Ninguém discorda com o significado da Lei escrita pela mão de Deus: “O sétimo dia é o sábado do Senhor. . . nele não farás nenhuma obra”. No entanto, milhões não a obedecem. Ninguém pode refutar a esmagadora evidência da origem pagã do domingo, mas milhões o guardam ao invés do sábado, claramente ordenado nos Dez Mandamentos. Por quê? Repito, a razão está enraizada nos argumentos inteligentes de Satanás, que criaram um clima de preconceito contra o santo sábado do Senhor. Vamos agora examinar algumas grandes falácias desses argumentos.

1º Grande Falácia – O Sábado foi feito apenas para os Judeus

Esta falsidade ganhou tal força que multidões de cristãos chamam isso de “Shabat – Sábado Judáico”. Mas em nenhum lugar encontramos tal expressão na Bíblia. Ele é chamado de “o sábado do Senhor”, mas nunca de “o sábado dos judeus” (Êxodo 20:10). Lucas era um escritor gentio do Novo Testamento e, muitas vezes se referiu a coisas que eram peculiarmente judaicas. Ele falou da “nação dos judeus”, “o povo dos judeus”, “a terra dos judeus” e a “sinagoga dos judeus” (Atos 10:22, 12:11, 10:39; 14:1). Mas, por favor, note que Lucas nunca se referiu ao “sábado dos judeus”, embora ele mencionasse o sábado repetidamente.

Cristo ensinou claramente que “o sábado foi feito para o homem” (Marcos 2:27). O fato é que Adão era o único homem na existência, no tempo que Deus fez o sábado. Não havia judeus no mundo pelo menos 2.000 anos após a criação. Ele nunca poderia ter sido feito para eles. Jesus usou o termo “homem” no sentido genérico, referindo-se à A mesma palavra é usada em conexão com a instituição do casamento, que também foi introduzido na criação. A mulher foi feita para o homem como o sábado foi feito para o homem. Certamente ninguém acredita que o casamento foi feito apenas para os judeus. O fato é que duas lindas e originais, instituições foram criadas por Deus antes do pecado entrar no mundo – o casamento e o sábado – Ambas foram feitas para o homem, ambas receberam a bênção especial do Criador e ambas continuam a ser tão santas agora como quando foram santificadas no Jardim do Éden.

Também é interessante notar que Jesus foi quem fez o sábado na primeira semana de tempo. Havia uma razão para a sua afirmação de ser o Senhor do sábado (Marcos 2:28). Se Ele é o Senhor do sábado, então o sábado deve ser o dia do Senhor. João teve uma visão sobre “o dia do Senhor”, de acordo com Apocalipse 1:10. Aquele dia tinha que ser o sábado. É o único dia assim designado e reivindicado por Deus na Bíblia. Ao escrever os Dez Mandamentos, Deus chamou-lhe “o sábado do Senhor” (Êxodo 20:10). Em Isaías, Ele é citado como tendo dito: “meu santo dia” (Isaías 58:13).

Mas não devemos ignorar o fato de que esse Deus que criou o mundo e fez o sábado foi o próprio Jesus Cristo. João escreveu: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez…E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:1-3, 14).

Paulo claramente identificou Jesus como o Criador “. . . seu Filho amado: em quem temos a redenção… Porque nele foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1:13-16).

Para os cristãos separar Jesus do sábado é um erro trágico. Pois Ele é o autor, o Criador, o Santificador, e o arquiteto do sábado. Desconsiderar a bênção que Ele colocou neste dia é negar a Sua autoridade.

Este argumento tem levado muitos a crer que o sábado existiu apenas durante um período limitado de tempo após a criação. Mas isso é um fato? Na verdade, o sábado nunca poderia ser apenas um tipo ou sombra de qualquer coisa, pela simples razão de que ele foi feita antes do pecado entrar na família humana. Certas sombras e observâncias típicas foram instituídas como conseqüência do pecado e apontavam para a libertação do pecado. Tais eram os sacrifícios empregados para simbolizar a morte de Jesus, o Cordeiro de Deus. Não teria havido nenhum sacrifício animal se não houvesse o pecado. Essas ofertas foram abolidas quando Cristo morreu na cruz, porque os tipos tinham encontrado o seu cumprimento (Mateus 27:51). Mas nenhuma sombra existiu antes do pecado entrar no mundo e, portanto, o sábado não poderia ser incluído na lei cerimonial de tipos e sombras.

Paulo se refere ao sistema temporário de ordenanças em Colossenses 2:14-16 como sendo “contra nós” e “contrário a nós.” Ele os amarrou a oferta de alimentos, libações, e festivais anuais da lei que foram “riscados”. É verdade que ele se refere também aos sábados no texto, mas tome cuidado e note que ele os chamou de “sábados que são sombras das coisas futuras”. Foram alguns dias de sábado destruídos na cruz? Sim, houve pelo menos quatro sábados anuais que aconteciam em certos dias fixos do mês, e que foram pregados à cruz. Eles eram sombras e exigiam carne específica e libações. Esses sábados anuais são descritos em Levítico 23:24-36 e, em seguida resumidos nos versos 37 e 38: “Estas são as solenidades do Senhor, que apregoareis para santas convocações, para oferecer ao Senhor oferta queimada, holocausto e oferta de alimentos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio; além dos sábados do Senhor…”.As escrituras claramente diferenciam os sábados anuais, o sábado das sombras, e o sábado semanal. Os sábados cerimoniais foram apagados na cruz, tinham sido adicionados como uma conseqüência do pecado. Mas o sábado da lei dos Dez Mandamentos, foi santificado antes do pecado ser introduzido no mundo e mais tarde foi incorporado a grande lei moral escrita pelo dedo de Deus. Ele era eterno em sua natureza.

2º Grande Falácia – Basta guardar qualquer dia em sete

Com este argumento Satanás preparou o mundo para aceitar um substituto para o sábado que Deus tinha ordenado. Sobre as tábuas de pedra Deus escreveu a grande e imutável lei dos séculos. Cada palavra era séria e significativa. Nem uma linha era ambígua ou misteriosa. Pecadores e cristãos, cultos e incultos, não têm problema em entender as
palavras simples e claras dos Dez Mandamentos. Deus explicou o que ele queria dizer. Ninguém tentou anular essa lei como muito complicada de compreender.

A maioria dos dez mandamentos começam com as mesmas palavras: “Não”, mas no coração da Lei encontramos o quarto mandamento que é introduzido com a palavra “Lembra-te”. Porque ele é diferente? Porque Deus estava ordenando chamar à memória algo que já existia, mas havia sido esquecido. Gênesis descreve a origem do sábado, com estas palavras, “ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera,… abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera” (Gênesis 2:1-3).

Qual o dia que Deus abençoou e santificou? O sétimo dia. Como deve ser santificado? Descansando. Pode qualquer um dos outros seis dias ser santificado? Não. Por que? Porque Deus não ordenou descansar nesses dias, mas trabalhar. A bênção de Deus faz diferença? Claro que sim. É por isso que os pais orarm para que Deus abençoe seus filhos. Eles acreditam que isso faz diferença. O sétimo dia é diferente de todos os outros seis dias, porque tem a bênção de Deus.

Mais algumas perguntas: Por que Deus abençoe este dia? Porque Ele criou o mundo em seis dias. Era o aniversário do mundo, um memorial de um ato poderoso. Pode o memorial do sábado ser alterado? Nunca. Porque ele aponta para trás, para um fato consumado. 04 de julho é o Dia da Independência nos EUA. Pode ser mudado? Não. Porque a Declaração de Independência foi assinada em 04 de julho de 1776. Seu aniversário também não pode ser mudado. É um memorial de seu nascimento, que aconteceu em um dia definido. A História teria de acontecer novamente para alterar o seu aniversário, para mudar o Dia da Independência, ou para mudar o dia de sábado. Podemos chamar um outro dia de Dia da Independência, e podemos chamar a outro dia de sábado, mas isso não significa que seja assim.

Será que Deus sempre dá ao homem o privilégio de escolher seu próprio dia de descanso? Não, Ele não dá. Na verdade, Deus confirmou na Bíblia que o sábado foi resolvido e selado por sua própria escolha divina e não deve ser adulterado. Leia Êxodo 16 sobre a concessão do maná. Durante 40 anos, Deus operou três milagres a cada semana para mostrar a Israel que dia era sagrado. (1) Não caía maná no sétimo dia; (2) eles não podiam colher o maná durante a noite para o dia seguinte, pois ele se deteriorava; (3), mas quando eles guardavam o maná para o sábado, ele mantinha-se doce e fresco!

Mas alguns israelitas tinham a mesma idéia que muitos cristãos modernos. Eles sentiram que qualquer dia, em sete ficaria bem para o guardarem: “E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam. Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” (Êxodo 16:27, 28). Essas pessoas pensaram que qualquer outro dia podia ser guardado como o sábado. Talvez estavam planejando observar o primeiro dia da semana, ou algum outro dia que lhes fosse mais conveniente. O que aconteceu? Deus os encontrou e os acusou de quebrarem a sua lei colocando-se a trabalhar no sétimo dia. Deus diria a mesma coisa para aqueles que violam o sábado hoje em dia? Sim. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre, Ele não muda. Deus deixou bem claro que, independentemente de seus sentimentos, aqueles que saem para trabalhar no sábado são culpados de violarem a Sua lei. Tiago explica que é pecado quebrar qualquer um dos Dez Mandamentos: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:10-11).

3º Grande Falácia – Não é possível localizar o verdadeiro sétimo dia

Essa é uma falácia que tem confortado muito na desobediência do quarto mandamento. Isso simplesmente não é verdade. Aqui estão quatro provas positivas que identificam o verdadeiro sábado de hoje:

1. Segundo as Escrituras, Cristo morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo, primeiro dia da semana.

Praticamente todas as igrejas reconhecem esse fato, observando o Domingo de Páscoa e a Sexta-Feira Santa. Aqui está a prova bíblica: “chegando a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus;e tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado em rocha, onde ninguém ainda havia sido posto. Era o dia da preparação, e ia começar o sábado” (Lucas 23:52-54).

Aqui está a prova de que Jesus morreu na véspera do sábado. Era o chamado “dia da preparação”, porque era a hora de se preparar para o sábado. Leiamos os próximos versículos: “E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e unguentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento” (Lucas 23:55-56).

Por favor note que as mulheres descansaram durante o sábado, “segundo o mandamento”. O mandamento diz: “O sétimo dia é o sábado”, por isso sabemos que eles estavam observando sábado. Mas o versículo seguinte diz: “Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro” (Lucas 24:1-2).

Quão claramente estes três dias consecutivos são descritos para nós. Ele morreu sexta-feira, o dia da preparação, comumente chamado de Sexta-Feira Santa. Ele descansou no túmulo, no sétimo dia, sábado, “conforme o mandamento.” Depois, no domingo, primeiro dia da semana, o Domingo de Páscoa para muitos, Jesus ressuscitou dos mortos.

Quem pode localizar a Sexta-feira Santa ou o Domingo de Páscoa terá absolutamente nenhuma dificuldade em encontrar o verdadeiro sábado.

2. O calendário não foi alterado de modo a confundir os dias da semana.

Nós podemos ter certeza que o nosso sétimo dia é o mesmo dia, que Jesus observou quando Ele estave aqui. O Papa Gregório XIII fez uma mudança no calendário em 1582, mas ela não interferiu com o ciclo semanal. O nosso atual calendário gregoriano foi nomeado depois, quando ele fez aquela pequena alteração em 1582.

O que o Papa Gregório fez no calendário?

“Ao ser organizado o Calendário Gregoriano, notou o astrônomo Luiz Lílio que havia um atraso de dez dias, de acordo com os calendários existentes. Luiz Lílio deu conselhos ao Papa Gregório XIII, e este decidiu que o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 se chamasse 15 de outubro. A mesma reforma foi ordenada por Carta Patente do Rei Henrique III e a segunda-feira, 20 de dezembro de 1592, sucedeu ao domingo 9, isto é, o dia seguinte a 9 de dezembro devia ser 10 e passou a ser 20. Houve protestos. Os protestantes não se conformaram com as decisões do Papa. Os ingleses concordam em 1572. Fazem suceder ao dia 2 do mês de setembro do referido ano, o dia 14, isto é, o dia 3 passa a ser dia 14, ficando todos os povos cristãos com um mesmo calendário, o Gregoriano.” – Itanel Ferraz, Segue-Me, p. 13.

Muito bem, o que ocorreu em outubro de 1582, nos países que fizeram tal mudança, foi o seguinte: Apanhe lápis e papel. Imagine fazer uma folhinha e escreva o título (que é o mês) outubro O ano é 1582. Escreva agora, em horizontal, os dias da semana, como encontrados em todas as folhinhas e calendários. dom. seg. ter. qua. qui. sex. sáb. Certo? Agora iremos transcrever, na íntegra, os numerais referentes a estes dias da semana, tais como foram em outubro de 1582. Então escreva debaixo da segunda-feira o número um. O número dois debaixo da terça. O três debaixo da quarta, e quatro debaixo da quinta-feira, e agora – note bem – escreva o número quinze debaixo da sexta-feira, e daí para frente, o número dezesseis em diante até completarem-se os 31 dias deste mês de outubro de 1582.

Notou o que aconteceu? Houve um pulo de 4 para 15, uma alteração nos números, mas não modificou absolutamente em nada a sequência semanal.

Em síntese, o que simplesmente aconteceu e é tão fácil compreender, foi que “quinta-feira, 4 de outubro, foi seguida de sexta-feira, dia 15. Daí resultou que, embora tivessem sido removidos certos dias do mês, a ordem dos dias da semana não se alterou. E é o ciclo da semana o que nos traz os dias de Sábado. Ao passarem os anos, as outras nações foram gradualmente adotando o Calendário Gregoriano no lugar do Juliano, como se chama o antigo. E cada nação, ao fazer a mudança, empregou a mesma regra de saltar dias do mês, sem tocar na ordem dos dias da semana.” – Francis D. Nichol, Objeções refutadas, pág. 28.

Quando guardamos o sábado do sétimo dia, estamos observando o mesmo dia que Jesus observou, e Ele fazia isso toda semana de acordo com Lucas 4:16.

3. A terceira evidência para o verdadeiro sábado é a mais conclusiva de todas. O povo judeu tem observado o sétimo dia desde a época de Abraão, e ainda o observa hoje.

Aqui está uma nação inteira – Milhões de indivíduos – que tem contado o tempo meticulosamente, semana após semana, com calendário ou sem calendário, a milhares de anos. Poderiam eles ter perdido a trilha?

Impossível. A única forma que poderiam ter perdido um dia teria sido toda a nação ter dormido 24 horas a mais e ninguém lhes dizer sobre isso mais tarde.

Não houve nenhuma mudança ou perda do sábado desde que Deus o criou em Gênesis. A origem da semana é encontrada na história da criação. Não há nenhuma razão científica ou astronômica para medir o tempo em ciclos de sete dias. É um arranjo arbitrário de Deus e foi miraculosamente preservado por uma razão: porque o santo dia de sábado aponta para o poder criativo do único Deus verdadeiro. É um sinal de Sua soberania sobre o mundo e sobre a vida humana, um sinal da criação e da redenção.

Não é esta a razão pela qual Deus irá preservar a observância do sábado por toda a eternidade? Nós lemos em Isaías 66:22, 23: “Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome. E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor” (Isaías 66:22-23). O sábado é tão precioso para Deus que Ele terá o seu povo o observando na Nova Terra. Se é tão precioso para Ele, não deveria ser precioso para nós? Se nós vamos guardá-lo na eternidade, então, não deveríamos guardá-lo desde agora?

Em uma época de falsos deuses, da evolução ateísta, e das tradições dos homens, o mundo precisa do sábado mais do que nunca como uma prova de nossa lealdade para com o grande Deus Criador e um sinal de nossa santificação através do Seu poder.

4. Prova número quatro está no fato de que mais de cem línguas da terra usam a palavra “sábado” para o sábado.

Por exemplo, a palavra espanhola para o sábado é “Sábado”, que significa sábado. O que isso prova? Isso prova que quando as centenas de línguas se originaram no tempo, muito tempo atrás, o sábado era reconhecido como o dia de sábado e foi incorporado ao próprio nome do dia.

4º Grande Falácia – O sábado era apenas um memorial de Libertação do Egito

Essa idéia estranha é extraída de um único texto do Antigo Testamento e é distorcida para contradizer muitas declarações claras sobre a verdadeira origem do sábado. O texto encontra-se em Deuteronômio 5:14-15: “mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem assim como tu. Lembra-te de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado”.

Algumas pessoas supõe a partir deste texto que Deus deu o sábado como um memorial do Êxodo do Egito. Mas a história do Gênesis da instituição do sábado (Gênesis 2:1-3) e a redação do quarto mandamento de Deus (Êxodo 20:11) revela o sábado como um memorial da criação.

A chave para entender estes dois versos repousa na palavra “servo.” Deus disse: “Lembra-te de que foste servo na terra do Egito.” E na frase anterior a esta, os lembra “que o teu servo e a tua serva descansem assim como tu”. Em outras palavras, a sua experiência no Egito como servos iria lembrá-los a lidarem de forma justa com seus servos, dando-lhes o descanso sabático. Na mesma linha Deus ordenara: “Quando um estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o maltratareis… pois fostes estrangeiros na terra do Egito” (Levítico 19:33-34).

Não era incomum Deus relembrar a libertação do Egito como um incentivo para obedecerem aos outros mandamentos. Em Deuteronômio 24:17, 18, Deus disse: “Não perverterás o direito do estrangeiro nem do órfão; nem tomarás em penhor o vestido da viúva. Lembrar-te-ás de que foste escravo no Egito, e de que o Senhor teu Deus te resgatou dali; por isso eu te dou este mandamento para o cumprires”.

Nem o mandamento para serem justos nem o de guardar o sábado foi dado para lembrar o Êxodo, mas Deus lhes disse que a Sua bondade ao tirá-los do cativeiro constituiu um forte motivo adicional para que tratassem amavelmente seus servos e tratassem com justiça os estrangeiros e as viúvas.

Da mesma forma, Deus falou com eles em Levítico 11:45: “porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para ser o vosso Deus, sereis pois santos, porque eu sou santo”. Certamente ninguém insistiria que a santidade não existia antes do Êxodo, ou que seria sempre limitada apenas aos judeus, para relembrarem a sua libertação.

5º Grande Falácia – Guardar o domingo, em Honra da Ressurreição

É verdade que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, mas em nenhum lugar há o menor indício na Bíblia para alguém guardar esse dia. A base para a observância do sábado é o comando direto escrito pela mão de Deus.

Muitos eventos maravilhosos ocorreram em determinados dias da semana, mas não temos ordem de guardá-los como santos. Jesus morreu por nossos pecados na sexta-feira. Isso é provavelmente o evento mais significativo em toda a história registrada. Ele marca o momento que minha sentença de morte foi comutada e a minha salvação garantida. Mas nenhum texto bíblico sugere que devemos observar este dia de tamanha importância.

Foi um momento dramático, quando Jesus ressuscitou dos mortos, naquela manhã de domingo, mas não há um traço de evidência bíblica de que devemos observá-lo em honra da ressurreição. Não há nenhum exemplo da observância do domingo encontrado registrado nas Escrituras.

Há, naturalmente, um memorial da ressurreição ordenado na Bíblia, mas não é a guarda do domingo. Paulo escreveu: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:4).

O Batismo é o memorial da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Aqueles que acreditam que a observância do domingo honra Sua ressurreição citam a reunião dos discípulos no cenáculo no mesmo dia que Ele ressuscitou dos mortos. Para eles esta reunião foi para celebrar a Sua ressurreição. Mas quando lemos o relato bíblico do evento, descobrimos que as circunstâncias eram bem diferentes. Lucas nos diz que, embora os discípulos foram confrontados com a história do testemunho ocular de Maria Madalena, eles “não acreditaram”. “Depois disso manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo, os quais foram anunciá-lo aos outros; mas nem a estes deram crédito. Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido” (Marcos 16:12-14).

Obviamente, nenhum desses discípulos que estavam no cenáculo acreditaram que Ele havia ressuscitado, então eles não poderiam estar ali reunidos alegremente celebrando a ressurreição de Jesus. João explica a razão para estarem reunidos com estas palavras: eles estavam “reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus” (João 20:19).

Assim, temos analisado os principais argumentos usados contra a observância do santo Sábado de Deus. Nenhum desses argumentos fornece um traço de evidência de que Deus mudou de opinião sobre o sábado. Quando ele escreveu a palavra “lembrar” ao quarto mandamento, era em referência ao mesmo sétimo dia que aparece em nosso calendário de parede. Nem os homens nem os demônios podem diminuir a validade dessa eterna lei moral. Que Deus conceda a cada um de nós a coragem para honrar o mandamento do sábado como um teste especial do céu ao nosso amor e lealdade. Como nós descobrimos, quando Jesus voltar, vamos guardar esse mesmo sábado com Ele, na eternidade. Amém; vem, Senhor Jesus !

Texto de autoria de Joe Crews publicado no site Amazing Facts. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

Lembra-te do teu nome!



No passado dia 9 de outubro, durante o Conselho Anual da Conferência Geral, o Pr. Ted Wilson, presidente mundial da Igreja, apresentou um sermão intitulado "Lembra-te do Teu Nome". Tal e qual a pregação inicial do seu mandato como líder da Igreja, este tema impressionou-me bastante, e quero partilhar com os irmãos aquelas que me parecem ser as linhas principais da sua intervenção.

Creio não ter sido inocente a escolha do relato da criação, em Génesis 1 e 2, para demonstrar que desde sempre Deus atribuiu grande importância aos nomes, o termo respetivo que identifica tudo e todos. Em meio a alguma confusão que tem surgido no nosso meio acerca da interpretação daqueles capítulos (confusão essa que é, diga-se, de todo despropositada e totalmente dispensável...), o Pr. Wilson assume, mais uma vez, a clara posição de quem lê o registo da criação como uma história literal, onde, pela primeira vez, o Criador atribui nomes à Sua criação - desde a luz, as plantas, os animais, etc..

Da mesma forma, o nome dos indivíduos comprova esta relevância, não sendo de ignorar as vezes em que homens e mulheres viram o seu próprio nome alterado por Deus (ex.: Abrão, Sarai, Saulo, etc.), para além dos significados desses nomes que, em muitos casos, transportavam em si uma grande mensagem da parte de Deus (ex.: Israel, Daniel, Emanuel).

No meio desta analogia, achei brilhante a comparação entre o nome de João e o da nossa Igreja Adventista do Sétimo Dia. Veja-se que o primeiro foi explicitamente anunciado por um anjo a Zacarias, pai da criança ainda por nascer; o nome da nossa igreja, foi o resultado do debate existido entre os pais do nosso movimento, com a devida aprovação divina, quando, através da irmã Ellen White soubemos que não poderíamos ter escolhido nome melhor.

Assim, o Pr. Wilson destaca - por várias vezes - a necessidade urgente de assumirmos e usarmos sem reservas o nome que nos identifica como um povo diferente, com uma missão específica: somos Adventistas do Sétimo Dia! Ao fazê-lo, diz o líder mundial, estaremos com esta curta designação, a pregar uma enorme mensagem!

Um ministério prático e uma vida santificada são os frutos visíveis de quem, além de assumir-se como Adventista do Sétimo Dia, se comporta como tal. Diz o Pr. Wilson que "somos capacitados a seguir vidas plenas e equilibradas, caraterizadas por uma dieta vegetariana saudável, um vestuário modesto, uma forte ética laboral, gestão correta e uma alegria vitoriosa que atraia pessoas a Cristo". Para isso, somos fortalecidos pelo Senhor naquilo que está para além da nossa força.

Uma aparente paradoxo curioso, sobre o qual nunca tinha pensado, é-nos sugerido pelo Pr. Wilson: somos o povo que proclama o breve e eminente final da história deste mundo... há 160 anos! Realmente, comportar na mesma ideia brevidade e eminência com uma espera de 160 anos... convenhamos que é motivo de séria reflexão!Virá daqui um raciocínio derrotista e frustrante? Não, bem pelo contrário! E começando pelos jovens da Igreja, o Pr. Wilson inspira-os a "se erguerem pela verdade Bíblica, reclamando a enorme herança espiritual", com "forte proclamação da verdade pelo testemunho pessoal". E para isso, quais as bases, os fundamentos onde essa acção se deve estabelecer? Muito simplesmente uma "pregação e ensino sólidos da Bíblia e Espírito de Profecia" (mais uma vez, o Pr. Wilson menciona e valoriza os escritos da irmã White, que, tristemente, alguns insistem em relativizar aos tempos modernos...).

E se pensa que o nosso presidente hesita em apontar os perigos, saiba que ele disse clara e nitidamente: "evitem a tremenda tentação de meramente se entreterem, antes sejam ativos em serviço pelos outros. Não preencham as mentes com música que não glorifica o Senhor, antes mantenham uma canção de louvor no coração".

E, indo mais fundo na questão, veja bem o quão incisivo o Pr. Wilson quis ser, ainda dirigindo-se particularmente aos jovens: "ajudem o movimento Adventista do Sétimo Dia a regressar á sua santidade original. Resistam à tendência de adequar a vossa fé às areias movediças da experiência mística. Antes, construam as fundações sob a rocha sólida da Palavra de Deus e estabeleçam-se num claro 'assim diz e Senhor'"!

Paro um pouco para partilhar que este parágrafo anterior é das mensagens mais urgentes que já ouvi um líder fazer à nossa juventude - e não só! Não duvido que no âmbito deste apelo se incluem todos os irmãos independentemente da sua idade!Pensando novamente nessas teorias que defendem uma interpretação mais relativizada do texto Bíblico, o Pr. Wilson não deixa dúvidas na questão, quando relembra que os nossos pioneiros "assumiam a Bíblia literalmente, mesmo quando isso os levava para longe dos mais populares erros aceites nas igrejas desse tempo". Para mim, a mensagem parece-me encontrar acolhimento numa ideia que já defendi neste espaço: não importa se o mundo inteiro se volta contra; se é assim que Deus diz, então que seja assim!

Porque razão, então, deveríamos abrandar a divulgação do nosso nome distintivo, quando ele mesmo permite, como já disse, fazer em poucas palavras uma brilhante pregação e reporta para a verdade que deverá ser o teste final de um mundo corrupto?

Esta pergunta está baseada num texto da irmã White citado pelo Pr. Wilson e aborda um ponto que, de forma irredutível, distingue a nossa igreja da esmagadora maioria das outras: a guarda do Sábado, como dia separado e santificado por Deus. Diz em Mensagens Escolhidas, v. 2, p.384: "somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas."O Sábado, embora motivo de divergência e eventualmente confrontação, "não deve ser minimizado, mas acentuado", sugeriu o Pr. Wilson. Pois bem, se algum Adventista do Sétimo Dia defende um abrandamento (diria melhor, afrouxamento...) de discurso porque eventualmente não será simpático para o ouvinte a nossa clara e distinta pregação, saiba que essa não é a visão do nosso presidente...

A este respeito, e antecipando perigos que já vemos à nossa volta mas que alguns insistem em minimizar, o Pr. Wilson alerta que "não devemos alinhar-nos com nenhuma outra organização religiosa ou corpo ecuménico"! É caso para dizer 'Amén, Pr. Wilson!'

Pessoalmente, não que eu precisasse deste forte apelo (para alguns severa repreensão) por parte do Pr. Wilson; somente, vem confirmar o que penso desses encontros que, como que por demissão de responsabilidades, entre nós se preferem chamar de interconfessionais: não fazem bem algum e as pouquíssimas vantagens são esmagadas pelos enormes perigos!

Naturalmente, refere o presidente "devemos mostrar-nos amigáveis e com respeito para com todos"; mas Ellen White, no mesmo livro mencionado, p. 371 diz: "não deve haver transigência com os que anulam a lei de Deus. Não é seguro neles descansar como conselheiros. Nosso testemunho não deve ser menos decidido agora do que anteriormente; não devemos pôr uma capa em nossa posição real a fim de agradar oDestaco também, como um dos principais aspetos deste sermão, um apelo a que o nosso nome seja proclamado no primeiro lugar a isso destinado: os púlpitos das nossas igrejas, que devem ser ocupados principalmente com pregações acerca da breve volta de Jesus a esta terra! Este deve ser o tema maior de todos os nossos serviços e conversas!

Finalmente, e confesso que fiquei muito impressionado com esta postura do Pr. Wilson, o nosso líder mundial não teve qualquer problema em chamar de volta ao seio da igreja aqueles que, por algum motivo, se deixaram esmorecer na fé, e têm andado distantes dos caminhos do Senhor. Para isso, o Pr. Wilson, baseado em Oseias 6:1-3 "vinde, voltemos para o Senhor", dirigiu-se à congregação presente pedindo perdão por erros cometidos.

Ora aqui está um líder que em vez de dizer o que é preciso fazer, faz ele mesmo, servindo de grande exemplo aos seus liderados!

Confissão, humilhação e arrependimento perante Deus: eis o que o Pr. Wilson apresentou pessoalmente perante esta reunião da Igreja Mundial e que é o maior testemunho que poderia deixar a qualquer Adventista do Sétimo Dia no mundo inteiro.

Por fim, uma nota pessoal: foi com grande interesse que assisti à nomeação do Pr. Ted Wilson para a posição de presidente da Conferência Geral. Não o conhecendo bem antes, fiquei animadíssimo quando ouvi o seu sermão inicial. Por isso, tenho estado o mais atento possível a todas as suas iniciativas e palavras dirigidas à igrejas. mundo".Para mim , é mais do que esclarecedor.Pela graça de Deus, tenho a dizer que as minhas melhores expetativas têm sido largamente superadas. Ainda que errante, como qualquer um de nós, creio que o Pr. Wilson é um homem para este tempo. Exige-se um homem determinado, corajoso, destemido no Senhor e empenhado em servi-Lo acima de qualquer outro interesse. Creio que o Pr. Wilson tem demonstrado estar capacitado por Deus com estas qualidades.

Estou certo que nos próximos meses esta sensação será confirmada. Que Deus o fortaleça sempre com a força que precisar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Questão de Paulo ‘Tornar-se Como’ ou ‘Ser Como’



O Mito do Paulo-Livre-da-Lei Permanece
Entre Cristãos e Judeus


(The Myth of the 'Law-Free' Paul Standing
Between Christians and Jews)

[Excerto]


Mark D. Nanos


Rockhurst University

Traduzido por César B. Rien

A Questão de Paulo ‘Tornar-se Como’ ou ‘Ser Como’

Enquanto o consenso esmagador aceita que Paulo era contra guardar as
normas dietéticas judaicas em Antioquia, alguns intérpretes reconhecem que a lógica
do argumento de Paulo em 1ª Coríntios transmite tanto que ele desaprovava o
comer da comida que se sabia ser idolátrica, quanto o fato de que ele próprio não
comia comida idolátrica, por exemplo, quando evangelizando entre os idólatras.48
A
minha própria pesquisa fortalece este segundo caso.49
Os "débeis" ou "prejudicados",
em 1ª Coríntios 8-10, provavelmente não são seguidores de Cristo, mas politeístas
(pagãos), aqueles que ainda praticam ritos idolátricos como uma questão de
princípio. "Eles" são "alguns" que necessitam deste conhecimento do Deus Único,
que até agora estavam acostumados a comer comida idolátrica sem sentir que não é
correto fazer assim (v. 7), diferentemente do público de Paulo, que é o "nós" que
conhecemos o Deus Único e que "tem o conhecimento" que essas estátuas não
representam deuses reais (8:1-6). E por que fariam diferente, se eles não são seguidores
de Cristo, mas idólatras?

48 Peter J. Tomson, Paul and the Jewish Law: Halakha in the Letters of the Apostle to the
Gentiles, CRINT (Assen and Minneapolis: Van Gorcum and Fortress Press, 1990); Peter
David Gooch, Dangerous Food: I Corinthians 8-10 in its Context, SCJ 5 (Waterloo, Ontario:
Wilfrid Laurier University Press, 1993); Alex T. Cheung, Idol Food in Corinth: Jewish Background
and Pauline Legacy, JSNT Sup 176 (Sheffield: Sheffield Academic Press, 1999);
John Fotopoulos, Food Offered to Idols in Roman Corinth: A Social-rhetorical Reconsideration
of 1 Corinthians 8:1-11:1, WUNT 2.151 (Tübingen: Mohr Siebeck, 2003).
49 "Polytheist Identity"; "Paul's Relationship to Torah in Light of His Strategy 'to Become
Everything to Everyone' (1 Corinthians 9:19-23)," Interdisciplinary Academic Seminar: New
Perspectives on Paul and the Jews, Katholieke Universiteit, Leuven, Belgium, September 1415,
2009, estabelece este caso de modo detalhado.



A questão levantada pelos coríntios seguidores de Cristo é se eles podem
comer a comida que era ou tinha sido sacrificada a ídolos. Eles raciocinam que
desde que eles não mais acreditam que esses ídolos representam deuses e
senhores, a comida oferecida a eles não tem nenhuma santidade. Comer comida
relacionada aos ídolos com indiferença teria a vantagem de testemunhar as suas
convicções do Evangelho e, ao mesmo tempo, não causaria ofensa aos seus vizinhos
politeístas. A retirada de todos os contextos onde era servida e de onde era
comprada no mercado, em contraste, seria parecida com um suicídio social, como
se residissem à parte do mundo. Como eles deveriam viver quando praticamente
cada compromisso social e a maior parte da comida disponível para refeições implicavam
alguma associação com a idolatria da sua família, vizinhos e companheiros
de trabalho politeístas, e com a vida cívica em geral?

Contudo, Paulo vê as coisas de um ponto de vista judaico fundamentado
na Torá, e evita a lógica do apelo deles para comer a comida idolátrica. O seu
raciocínio provavelmente os surpreendeu, já que os israelitas sustentavam há muito
tempo que os ídolos eram meramente estátuas, que não deviam ser construídas.
Aqueles que adoravam os deuses através dos "ídolos" eram considerados como
sendo mal-guiados, no mínimo. Mas ele não segue a idéia de que se pode participar
com indiferença em ritos idolátricos ou até comer a comida que tinha sido usada em
qualquer desses ritos, inclusive quando mais tarde estava disponível no mercado.
Melhor, ela deve ser evitada como se estivesse infectada com poderes que
procuram rivalizar com Deus e prejudicar Seu povo.50
Portanto, Paulo sustenta que
antes que testemunhar aos seus vizinhos politeístas, comer dessa comida idolátrica
pode servir de escândalo para eles, levando-os a continuar na idolatria sob a
impressão de que a fé em Cristo sanciona tal comportamento. Eles permanecerão
ignorantes sobre a proposição do Deus Único, que está no coração da confissão
deste subgrupo judaico, a comunidade da fé em Cristo.

50 Paradoxalmente, a Escritura não banaliza os ídolos como deuses sem sentido e
proscritos como demoníacos e perigosos para os que estão em Aliança com o Deus Único
(e.g., compare Deu. 32:21 com vv. 16-17; Isa. 8:19 e 19:3 com os capítulos 40 e 44; cf. Wis
13—16; ver também Sal. 106:36-39; 1 Enoque 19; Jubileus 11.4-6); outros deuses, e
senhores são implicitamente reconhecidos a existir, apesar de serem menores do que oDeus de Israel, e eles não devem ser honrados pelos israelitas (Êxo. 15:11; 20:2-6; 22:28;
Deu. 4:19; 29:26; 32:8-9; Sal. 82:1; Miquéias 4:5; Tiago 2:19); imagens de outros deusesdevem ser destruídas na terra de Israel (Êxo. 23:24; Deu. 7:5). Ver Tomson, Paul, 151-77,
208-20; Cheung, Idol Food, 39-81, 152-64, 300-1.



Mas, por quê Paulo não dá uma resposta direta e diz que a Torá ensina
que o "conhecimento" sobre Cristo é não comer alimentos idólatras? Porque o seu
público-alvo não é composto por judeus, assim, eles não estão sob a Torá, nos
mesmos termos que os israelitas. O entendimento de Paulo sobre a lógica da
verdade é que Deus é Um e é o Deus Único de Israel, e que o Evangelho o
constrange a tal ponto. Assim, ele inicia 1ª Coríntios 8 com os primeiros princípios.
Ele concorda com os seguidores de Cristo que "sabem" que não existe tal coisa
como os deuses e senhores que essas estátuas representam (v. 4). No entanto, ele
acrescenta, como parte de seu apelo lógico para o Shemá -a proclamação para
Israel, e para os gentios crentes em Cristo também -que há coisas como outros
deuses e senhores, a quem ele vai identificar como demônios (v. 5; 10:20-21).
Então, ele escreve no equilíbrio do capítulo 8, que, porque alguns não têm esse
conhecimento, sendo "fracos/prejudicados", o "conhecedor" deve abster-se de comportar-
se como se todas as coisas relacionadas aos ídolos fossem consideradas
profanas. Fazer isso irá prejudicar os "fracos" politeístas, pois pensam que essas
coisas são sagradas para os deuses e senhores aos quais são dedicados. Esse
comportamento não enviaria a mensagem para esses "prejudicados", ainda não-
crentes em Cristo "irmãos pelos quais Cristo morreu" (8:11-12, cf. Rom. 5:6-10), que
eles, juntamente com os seguidores de Cristo e todos os israelitas, se abstenham de
tal comportamento e voltem para o Deus Único e sem igual.51


Após uma digressão no capítulo 9, para explicar o próprio auto-sacrifício
no modo de viver, inclusive como ele adapta sua retórica a cada grupo que procura
ganhar, Paulo move o argumento contra o comer alimentos oferecidos aos ídolos até
a etapa seguinte no capítulo 10. Evitando até certo ponto o apelo direto às injunções
da Torá, ele invoca exemplos da Torá para deixar claro que aquele que come à me


51 Cf. Nanos, "Polytheist Identity," para uma discussão aprofundada da lógica para a
compreensão dos “irmãos” asthenes ( "fracos/prejudicados") como os idólatras não-crentes
em Cristo, e da preocupação da carta em ganhá-los para Cristo. Note que os pais da Igreja
continuaram agindo conforme esse entendimento da construção de estranhos como
parentes. Inácio (final do 1º, início do 2º séc.) convida seus destinatários a orar por pessoas
de fora da igreja, e de se comportarem como "irmãos/irmãs [adelphoi]" para eles, tal como
expresso através da imitação como Cristo viveu humildemente com o seu próximo, incluindo
a escolha de ser injustiçado, apesar do erro deles (Eph. 10; cf. Mart. Pol. 1.2). E embora
Crisóstomo (final do 4º séc.) entendesse o prejudicado em 1ª Cor. 8—10 sendo os
seguidores de Cristo, ele sustentava que os cristãos da base socioeconômica no seu próprio
público deveriam considerar como irmão o colega de classe social mais do que o da elite ou
rico (Cor. 117 [Homily XX]). Para exemplos não-cristãos da preocupação com os de fora do
próprio grupo filosófico, ver Epictetus, Diatr. 1.9.4-6; 1.13.4, sobre os Cínicos em particular,
Diatr. 3. 22.81-82; Marcus Aurelius, 2.1; 7.22; 9.22-23.



sa do Senhor não pode também comer à mesa de outros deuses, assim chamados
demônios. Em outras palavras, ele admite que há poderes associados aos ídolos,
minando a concessão teórica com a qual ele iniciou este argumento que,
aparentemente, compartilhava a premissa dos gentios crentes em Cristo de que não
havia nenhuma coisa tal como outros deuses e senhores. Assim, apesar do fato de
Deus ter feito todas as coisas para serem comidas com a oração de santificação,
nem todas as coisas podem ser comidas. A pureza não é inerente à comida, mas
imputada pelo mandamento de Deus. Qualquer comida que se sabe ser comida
idolátrica, se disponível no mercado, ou oferecida na casa de um anfitrião, não pode
ser consumi-da. Os crentes em Cristo, como os israelitas bíblicos, devem abandonar
a idolatria, tanto por sua própria causa como por causa dos seus vizinhos
politeístas, seus irmãos e irmãs na Criação, aos quais Deus em Cristo procura remir
através deles.

Paulo não permitiu o comer alimentos sabidamente idolátricos, e não há
nenhuma indicação de que ele próprio alguma vez os comeu. As provas mostram o
contrário. Além disso, o ensino da igreja primitiva por séculos consistiu em que os
cristãos não deviam consumir a comida idolátrica, em parte, baseado na sua leitura
deste texto.52
O argumento de Paulo, inclusive aquele contido em 1ª Cor. 9:19-22,
confirma que o seu público sabia que ele era não só alguém que não comeria tal
comida, mas também alguém que esperava que eles agissem da mesma forma. Assim,
embora eles soubessem que ele era praticante da Torá, quando havia estado
entre eles em Corinto, a sua questão é um protesto pelo custo a sua vida cívica
causado por Paulo negar esta comida para eles como gentios. Eles sabiam que
pelos termos definidos na própria proclamação de Paulo da verdade do Evangelho,
ele entendia que eles permaneciam não-judeus e não estavam sujeitos à Torá.

Em Gál. 9:19-22, Paulo declara que para ganhar os judeus ele "se tornou
como um judeu," para ganhar os "debaixo de nomos" (lei/Aliança/Torá?) ele "tornou-

52 Acts 15:20, 29; 21:25; Rev 2:14, 19-20; Didache 6.3; Ignatius, Magn. 8—10; Pliny, Letters
10.96; Aristides, Apology 15.4; 12; Justin, Dial. 34.8; 35.1-2; Tertullian, Apol. 9.13-14; Cor.
10.4-7; 11.3; Spect. 13.2-4; Jejun. 2.4; 15.5; Mon. 5.3; Clement, Strom. 4.15.97.3; Tomson,
Paul, 177-86; Gooch, Dangerous Food, 122-27, 131-33; Cheung, Idol Food, 165-295; David
Moshe Freidenreich, "Foreign Food: A Comparatively-enriched Analysis of Jewish, Christian,
and Islamic Law" (PhD Thesis: Columbia University, 2006), 123-41. Barnabas 10.9, pode
sugerir um primeiro grupo que comia qualquer coisa, mas não é específico sobre a comida
idolátrica; e ver Tertuliano, Apol. 42.1-5.



se como alguém debaixo de nomos," mas também para ganhar o sem-lei ele "se tor
nou como um sem-lei" (anomos), e para ganhar o "fraco" ele "tornou-se fraco", que
são entendidos como inseguros na sua liberdade em Cristo, e então evitam comer a
comida idolátrica.53
Esta afirmação tem sido universalmente compreeendida como
significando que Paulo considera a observância da Torá, inclusive o valor da própria
identidade judaica, como sendo só uma questão de conveniência evangélica. Aquela
interpretação, que com objetivos analíticos pode ser chamada "a adaptabilidade do
estilo de vida," depende da compreensão da motivação para "tornei-me como"
(egenomen hos) os membros de cada um dos vários grupos, para significar a
motivação para "eu imitar a conduta" de cada um deles.

Na visão de consenso, Paulo não compartilha com os vários grupos as
verdades da proposição, mas ele simplesmente copia certos aspectos do seu
comportamento, presumivelmente, para ganhar uma audiência entre eles fazendo-os
(erradamente) supor que ele poderia compartilhar de fato as suas convicções. Isto
aplica-se a tal conduta como comer conforme a Torá, quando com aqueles que
comem haláquicamente, e sem consideração à Torá, quando com aqueles que não
comem segundo as normas dietéticas judaicas. Em outras palavras, Paulo não se
"torna" de fato nem "torna-se como" cada grupo por ele referido, mas, em vez disso,
simplesmente "finge na superfície viver como" eles quando está entre cada um
deles. Então, ele abandona aquela conduta e vive como os outros quando entre
eles. Mas há outro modo de entender o argumento de Paulo, aqui, que evita implicar
que ele é indiferente à Torá como também que ele comprometia sua moralidade
atribuindo-lhe uma estratégia do tipo "troca-isca" [ou vira-casaca*].

Ao invés de sugerir que ele se relaciona com cada pessoa ou grupo imitando
seu estilo de vida, proponho que, ao invés disso, Paulo está se referindo a sua
estratégia retórica para persuadi-los. Seu "tornar-se como" não significa "comportarse
como," mas sim "argumentando como", ou "raciocinando como". Ele emprega
uma estratégia de "adaptabilidade retórica", amplamente acolhida na tradição filosó


53 Não está claro como a referência a esses "sob a lei" difere de "judeus", por exemplo.
Talvez ele se refira a prosélitos ou aos que representam as normas mais rigorosas, como
fariseus, alternativamente, pode referir-se a estar sob as leis ou convenções Romanas ou
outras. Do mesmo modo, não está claro se anomos refere-se a judeus sem-lei (talvez não-
praticantes), bem como para os não-judeus, ou somente para não-judeus, como se ele
tivesse escrito xoris nomos ( "sem-lei"). Veja o meu "Paul's Relationship to Torah" e "Paul
and Judaism."



fica de seu tempo, na qual um orador começa com as premissas daqueles a quem
procura persuadir, tendo ou não, em última análise, a intenção de destruir essas
premissas.54
Era o método de Sócrates, e ainda é empregada como um dos melhores
métodos para ensinar aos alunos. Rotineiramente, Paulo começa com verdades
proposicionais de seu público, seja para compartilhá-los, como faz com os judeus
e aqueles que são cumpridores da Torá, ou não, como nos casos daqueles
que ele chama sem-lei, ou os fracos que se dedicam à idolatria como uma questão
de convicção. Ele não se comporta como eles, mas argumenta de forma a adaptar-
se ao pensamento proposicional de cada grupo, que ele procura persuadir ao
Evangelho.

Assim, também aqui, ele se aproxima do conhecimento em Corinto sobre

o alimento idólatra, parecendo confirmar as premissas com as quais ele discorda, a
fim de levá-los a conclusões diferentes daquelas que eles tinham planejado.
Lucas descreve Paulo pregando aos filósofos, em Atenas, justamente
desta forma (Atos 17:16-34). Paulo começa a partir da premissa deles de que existe
um "Deus desconhecido", a quem dedicaram uma estátua. Paulo não começa
declarando que não existe tal coisa como deuses politeístas, mas baseia-se na
(errada) convicção deles de que este "ídolo" simboliza um deus. Então, ele declara a
identidade daquele Deus como sendo realmente o Deus de Israel. Em seguida, ele
passa a informá-los que este Deus não aprova a construção de estátuas de Si
mesmo, ou de qualquer outro suposto deus ou senhor. Paulo não faz essa crítica
óbvia no início de seu discurso, mas ela torna-se transparente à medida que ele se
move para sua conclusão de que o Deus de Israel é o único Deus Criador de toda a
humanidade. Desta forma, Paulo "tornou-se como" um idólatra para ganhar os
idólatras. Ele não se conduziu idolatricamente nem imitou a conduta idólatra,
pelo contrário, ele permanece como um judeu praticante da Torá enquanto
discute a partir das premissas dos politeístas aos quais procura persuadir.

Minha leitura não só evita a caracterização negativa de Paulo e seus
métodos como intencionalmente enganosos, que compromete de forma questionável

54 W. B. Stanford, The Ulysses Theme: A Study in the Adaptability of a Traditional Hero
(Dallas: Spring Publications, 1992), 90-101.



sua retidão, verdade e justiça, mas também desafia a noção de longa data de que 1ª
Coríntios 8-10 mostra claramente que Paulo é por definição livre-da-Torá. Em vez
disso, demonstro que ele é cumpridor da Torá e que ele constrói seus argumentos
assumindo que seu público está ciente deste fato. Intérpretes subsequentes,
supondo que seus contemporâneos compartilhavam o entendimento posterior que
Paulo fosse livre-da-Torá, não só terminaram por descaracterizá-lo, mas também
perderam a essência de seu ensino.

[Texto extraído das páginas 25 a 30 do estudo mencionado no título inicial. *A
observação entre colchetes foi acrescentada pelo tradutor.]

Advogado fala sobre relação entre guardadores do sabado e direitos legais




[Brasília, DF] Os adventistas do sétimo dia e outros guardadores do sábado costumam enfrentar dificuldades, em muitas circunstâncias, relacionadas à observância do sétimo dia em função de concursos públicos, provas e exames de vestibular marcados nesta data. A saída, muitas vezes, começa com um bom diálogo. Sobre este assunto, a reportagem da Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) conversou com o diretor jurídico da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, bacharel Luigi Braga, a respeito do assunto.

ASN – Qual a orientação que a Assessoria Jurídica da Divisão dá às pessoas que observam o sábado como dia de repouso e se deparam com concursos, provas e exames marcados para este dia?
Luigi Braga – O primeiro passo é uma boa conversa com o responsável pelo que irá acontecer no sábado em busca de alteração da data ou alguma medida especial alternativa. Se não for atendido, é necessário um pedido formal e por escrito. Em caso negativo, também, o ideal é juntar todos os documentos e buscar uma medida judicial para assegurar o direito. Em todas as etapas, assessoria jurídica é essencial. Para isso, cada campo (associação ou missão) da Igreja Adventista pode dar a consultoria com seus respectivos advogados, que já possuem bastante experiência no assunto.

ASN – Legislações estaduais e federal dão algum tipo de amparo aos observadores do sábado ou não?
Luigi Braga – Há muitas leis estaduais que reservam o direito dos sabatistas, todavia, há muitos questionamentos sobre a constitucionalidade das mesmas e muita discussão também sobre a abrangência delas. Temos algumas leis em tramitação no Congresso Nacional e outras sendo discutidas no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas a grande garantia ainda é a Constituição Federal que assegura a liberdade religiosa. Estamos trabalhando em duas frentes: uma em busca de uma lei federal clara sobre o tema e outra em obter um pronunciamento claro e direto do Supremo Tribunal Federal sobre o alcance dos dispositivos da Constituição sobre o tema. De uma forma ou de outra, Deus proporcionará um avanço na luta pela guarda do dia de Sábado.

ASN – Existem alguns casos em que houve possibilidade de mudança da data ou, então, a pessoa que observa o sábado conseguiu autorização para fazer a prova, exame ou concurso em outro horário?
Luigi Braga – Muitos casos sejam através de pleitos administrativos ou judiciais. Nossas estatísticas de vitórias são uma bênção! Nosso desafio atualmente é o concurso público do MPU (Ministério Público da União). Muitos adventistas estão inscritos e vamos buscar a mudança de data ou uma medida alternativa. Que Deus possa prover mais esta porta para os adventistas que possuem o ideal de fidelidade no dia de adoração ocupar cargos importantes no Brasil.


http://www.novotempo.org.br/advir/?p=2935&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+Advir+%28Advir%29

Cumprimento Antitípico das festas do Outono




CUMPRIMENTO ANTITÍPICO DAS FESTAS DO OUTONO


Por César B. Rien

Apocalipse 1:10, no aramaico, contém a expressão YOMÁ D'KHAD'
BSÁBA (manuscrito Crowford), que traduzido é: "primeiro do sétimo". João não
estava se referindo ao primeiro dia da semana, como erradamente consta em
algumas Bíblias, onde se faz traduzir como domingo.

Tampouco se refere ao Dia do Juízo, como a tradução grega KURIOS
HEMERA induz a pensar. Mas também não era o Sábado, como a tradução DIA DO
SENHOR pode induzir. Quem traduziu essa expressão aramaica para o grego não
tinha noção de como a estrutura literária do Apocalipse está totalmente montada
sobre o significado profético das Festas do Outono, porque são elas que apontam
para o 2º Advento do Redentor Jesus Cristo.

"Primeiro do sétimo" é melhor traduzido como sendo o 1º dia do 7º mês,
que é o Dia das Trombetas (YOM TERUÁ). Ali, Jesus está fazendo a demonstração
a João de como o Dia das Trombetas se cumpre nEle, motivo pelo qual Sua voz soa
aos ouvidos de João como uma TROMBETA (Apo. 1:10 e 4:1). Não esqueçamos
que os tipos proféticos das Festas do Senhor de Lev. 23 sempre apontam para o
Messias de Israel (Jesus) e Sua Obra Salvífica. Assim, então, ao aparecer em visão
a João no DIA DAS TROMBETAS, o Senhor Jesus está demonstrando para Seu
Povo de que forma essa festa profética se cumpre nEle. Esse é o cumprimentocristológico do Dia das Trombetas, porque o YOM TERUÁ é a primeira das Festas
do Outono. Desta forma, o Salvador ressurreto e glorificado, tendo reassumido todas
as prerrogativas de Sua Divindade, mostra-nos, através do relato de João, que no
Dia das Trombetas antitípico foi dado início ao cumprimento do signficado profético
dessa festa prefigurativa. O YOM TERUÁ inaugura o período do JUÍZO
ESCATOLÓGICO, que vai do dia 1º do 7º mês (TISHRI) até o dia 10 (YOM KIPUR)
desse mesmo mês do calendário religioso judaico. Assim, o Juízo é inaugurado noDIA DAS TROMBETAS e é consumado no YOM KIPUR (DIA DA EXPIAÇÃO),
quando será fechada a Porta da Graça.

Isso não significa que o Juízo escatológico tenha acabado 10 dias após a
visão dada a João. Nada disso! Ali, na Ilha de Patmos, no Dia das Trombetas
daquele ano, foi inaugurado o início do período do Juízo escatológico. Por esse
motivo, o Apocalipse nos mostra a existência de SETE TROMBETAS que anunciama aproximação inexorável do DIA DO JUÍZO FINAL. Como há um período de 7
meses entre a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos e como Deus ordenou a Moisés
que fizesse soar a trombeta no início de cada mês (lua nova), assim as SETE
TROMBETAS do Apocalipse assinalam o período de transição entre os eventos
ocorridos por ocasião do 1º ADVENTO e os eventos que apontam para o 2º
ADVENTO. Portanto, a sétima trombeta deve soar no 7º mês, sendo que o 1º dia
desse mês é o DIA DAS TROMBETAS. Leiamos o que Sir Isaac Newton afirma
sobre isso:

"Então a sétima trombeta anuncia o Dia do Juízo." (in As Profecias do
Apocalipse e o Livro de Daniel -As Raízes do Código da Bíblia, 1ª Edição Integral
em Língua Portuguesa, Editora Pensamento, São Paulo, 2008, pág. 194.)

Esse grande cientista completou sua obra científica até os 24 anos de
idade, passando, após, a dedicar o restante de sua vida ao estudo de Daniel e



Apocalipse. Passados quase 2000 anos da visão em Patmos, estamos aguardando
a finalização desse período, que ocorrerá infalivelmente no Dia do Perdão (Dia da
Expiação), com o fechamento da Porta da Graça, dando início às 7 últimas pragas,
as quais representam a inauguração da execução da sentença desse Juízo sobre os
ímpios, por haverem rejeitado a Salvação pela Graça e a Justificação mediante a fé
em Cristo, comprados para nós pelo Sangue de Jesus. Leiamos, agora, a explicação
do Rabino André Chouraqui sobre o Dia da Expiação:

"Yom kipur, o Dia das Expiações, dez dias depois [do yom Teruá], constitui

o grande sabá do ano -um jejum austero que prefigura o Juízo de Deus." (in Os
Homens da Bíblia, Editora Schwarcz Ltda., RJ, 1990, p. 128).
A Salvação é pela Graça, mediante a fé, mas o critério do Juízo são as
obras (1ª Ped. 1:17 e Apo. 22:12), porque elas revelam o caráter do crente (Ecl.
12:13-14). Por tal motivo, os que aceitam a Justificação pela Fé e a Redenção
Eterna são vistos no Apocalipse com vestiduras brancas, pois lavaram o caráter e o
alvejaram no Sangue do Cordeiro, ou seja, aceitaram a Graça dos efeitos salvíficos
do Sangue de Jesus derramado em favor deles na Cruz do Calvário (1ª João 1:7,
Heb. 9:14 e 10:22, Apo. 7;14 e 22:14).

Para eles, a Festa dos Tabernáculos (Apo. 7:9-15) representa a
apropriação do galardão que o Senhor Jesus lhes concederá como recompensa pela
fidelidade e pela obediência, apontados no Apocalipse como "os que guardam os
mandamentos de Deus e têm a Fé de Jesus" (Apo. 14:12). Nessa festa é celebradaa Remissão (=REDENÇÃO ETERNA), em cumprimento à ordenança da Torá (Deu.

31:10 e 12). Leiamos uma interpretação teológica da menção que o Profeta Zacarias
faz a essa festa:
"Zacarias 14:16-19 olha para uma celebração escatológica da Festa dos
Tabernáculos. Tempo virá quando todos os gentios se juntarão a Israel participando
neste festival e adorarão a Deus... Zacarias defende a idéia de que os gentios têm
que se identificar com Israel em sua libertação e peregrinação." (Garret, Duane A. in
Baker's Evangelical Dictionary of Biblical Theology, published by Baker Book House
Company, Grand Rapids, Michigan, USA. Topic: Feasts and Festivals of Israel.)

Ora, todos cremos que Zacarias foi inspirado por Deus ao escrever seu
livro. Portanto, Zacarias está expressando a Vontade de Deus no sentido de que nós
gentios façamos como Israel e também celebremos a Festa dos Tabernáculos em
nossas congregações. A interpretação teológica, acima, está plenamente afinada
com o fato de que antes do 2º Advento é essencial ocorrer a restauração de todas
as coisas (Atos 3:20-21). Paulo explica isso melhor em Rom. 11:11-29. Esse plano
está sendo sabotado pelo inimigo de Cristo, que leva os crentes a imaginar que
"tudo foi abolido na cruz", para contradizer a afirmação do próprio Jesus quando
afirmou:

"Não penseis que Eu vim abolir a Torá, não vim para abolir, mas para
cumprir. Em verdade vos digo que não passará um "i" ou um "til" da Torá até que
tudo se cumpra" (Mat. 5:17-19).

A cena de triunfo sobre o mal está registrada em Apo. 7:9-15, onde a
multidão é vista com folhas de palmeiras nas mãos celebrando a Festa dos
Tabernáculos diante do Trono do Cordeiro (comparar com Lev. 23:40, no que se



refere ao uso das folhas de palmeiras). O cientista Sir Isaac Newton, mais uma vez,
vem para nos ajudar:

"Os sete dias dessa festa eram chamados a Festa dos Tabernáculos.
Nesse período, os filhos de Israel habitavam em tendas e se regozijavam com folhas
de palmeiras nas mãos. A isso alude a grande multidão (...) com palmas nas mãos
(Apo. 7:9) e que aparece depois de selados os 144 mil..." (op. cit., pág. 218).

E ainda:

"Pois a solenidade do grande Hosana era realizada pelos judeus no
sétimo e último dia da Festa dos Tabernáculos. Naquele dia, os judeus levavam
palmas nas mãos, cantando Hosana." (idem, pág. 191).

E mais:

"O Templo é o cenário das visões, e as visões no Templo (Santuário)
estão relacionadas às festas do sétimo mês, pois as festas dos judeus eram
tipologias das coisas por vir. A Páscoa referia-se à Primeira Vinda de Cristo, e as
festas do sétimo mês referem-se a Sua Segunda Vinda. Como Sua Primeira Vinda
ocorreu muito tempo antes desta profecia ter sido feita, há aqui [no Apocalipse]
referências apenas às festas do sétimo mês." (ibidem, pág. 183/184).

Quem não se aprofunda em conhecer a Torá pensa que a afirmação de
que os salvos carregam palmas nas mãos se refere à flor palma. Isso é
simplesmente uma distorção do verdadeiro significado, porque as folhas de palmeira
simbolizam a vitória final de Cristo e dos salvos ao mesmo tempo que celebram a
realeza de YHWH. Deste modo, o Apocalipse deixa muito claro que o cumprimento
da tipologia das Festas do Outono ainda vai se cumprir em nosso futuro. Ora, se
ainda não se cumpriu, como pode, então, ter sido abolido? A menção à palavra
Tabernáculo, em Apo. 7:15, dá prova do cumprimento escatológico dessa festa.
Então ela não foi abolida por Jesus, apesar da insistência de alguns.

Vemos, assim, que a função do Apocalipse é fazer a demonstração do
cumprimento antitípico da tipologia das Festas do Outono, porque são elas que
apontam para o Glorioso 2º Advento do Messias de Israel, o nosso amoroso e
bendito Salvador Jesus Cristo. Portanto, as Festas do Outono estão em plena
vigência para os cristãos e através do Profeta Zacarias o Senhor Jesus nos orienta a
observarmos essa festividade assim como Israel o faz. Infelizmente, porém,
preferimos ouvir explicações filosóficas para desculpar nossa negligência em
cumprir este mandamento de Deus, o qual o Senhor Jesus não aboliu. Assim a
obediência de nós requerida pelo Pai, como sinal de nosso amor a Ele em resposta
a Sua Graça Maravilhosa acaba ficando prejudicada, como o inimigo gosta. É
lamentável isso! Meditemos nessas impressionantes cenas do Apocalipse.
MARANATA!